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Reino Unido declara apreensão sobre escalada de violência colonial na Palestina

Embaixador do Reino Unido às Nações Unidas, James Kariuki, durante reunião do Conselho de Segurança em Nova York, 2 de junho de 2023 [John Lamparski/Getty Images]

O Reino Unido expressou nesta segunda-feira (21) preocupação sobre a escalada na violência colonial na Palestina. As informações são da agência de notícias Anadolu.

“O deslocamento de mais de 400 palestinos de suas terras em sete comunidades devido à violência colonial em curso é inaceitável”, declarou James Kariuki, embaixador do Reino Unido às Nações Unidas, durante reunião do Conselho de Segurança em Nova York.

Kariuki reiterou que os índices deste ano – ao menos 591 incidentes registrados resultando em baixas e danos a propriedades palestinas – representam um recorde histórico.

“Como potência ocupante, Israel é obrigado sob a lei humanitária internacional a prover segurança adequada à população local”, declarou o diplomata.

Kariuki reivindicou maior responsabilização daqueles que tornaram a vida dos palestinos, como nas comunidades de al Qaboun e al Mughayyir, intolerável.

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“A demolição contínua de propriedades palestinas e os atos de despejo conduzidos pelas autoridades israelenses são contrários à lei humanitária internacional, põe os palestinos em risco de transferência forçada e causa sofrimento desnecessário a cidadãos comuns”, observou.

O embaixador deu destaque à demolição de uma escola palestina na semana passada. Em nota emitida na quinta-feira, o Ministério da Educação palestino confirmou que Israel demoliu o Colégio de Ein Samia, a leste de Ramallah, que atendia a beduínos locais.

Kariuki, no entanto, voltou a recorrer à falta assimetria característica do governo britânico, ao instar a Autoridade Palestina a “reagir ao terrorismo e à incitação” e condenar ataques da resistência em Tel Aviv, na região de Huwara e nas colinas de Hebron (Al Khalil).

Estimativas indicam que cerca de 700 mil colonos ilegais vivem em 164 assentamentos e 116 postos coloniais avançados na Cisjordânia ocupada. Todos são ilegais sob o direito internacional.

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