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Dez anos depois, ataque químico a Ghouta continua impune

Murais reivindicam justiça pelo ataque químico a Ghouta em escombros de Idlib, no norte da Síria, em 20 de agosto de 2023 [Izzeddin Kasim/Agência Anadolu]

Após dez anos, sobreviventes dos ataques químicos perpetrados pelo regime sírio de Bashar al-Assad à região de Ghouta, na periferia de Damasco, ainda reivindicam justiça.

O massacre matou mais de 1.400 pessoas, sobretudo mulheres e crianças.

Em 2018, o regime realizou um novo ataque com armas químicas a Ghouta Oriental, deixando 78 mortos, a fim de estender seu controle a toda a região. Milhares de famílias foram forçadas a deixar a região rumo ao norte do país.

A ONU faz vista grossa ao bombardeio em Ghouta Oriental, na Síria [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

A ONU faz vista grossa ao bombardeio em Ghouta Oriental, na Síria [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Ahmed Abu Muhammad recorda se esconder em abrigos durante os bombardeios.

“Estávamos perto de um alvo. Ninguém podia se mexer. Todos foram afetados por aquele cheiro horrível”, reportou Ahmed. “Quatro meses depois, minha esposa engravidou. Fazíamos exames mensais, mas meu filho Ali nasceu com apenas dois dedos na mão direita. Ficamos com medo de ter outro filho”.

Ahmed reivindicou justiça da comunidade internacional, ao reiterar que os responsáveis são notórios, mas ninguém foi indiciado. “Queremos justiça para as vítimas. Famílias inteiras morreram de asfixia. Foi um dia terrível, que jamais vamos esquecer”.

LEIA: Uma década depois da guerra da Síria, Assad não tem nenhum fundamento moral para se agarrar

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