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Polícia síria prende residentes de Latakia por postagens nas redes sociais

Escombros em Jableh, na província de Latakia, a noroeste da capital síria, em 12 de fevereiro de 2023 [Karim Sahib/AFP via Getty Images]

As forças de segurança do regime sírio de Bashar al-Assad lançaram uma nova campanha de prisão contra residentes da cidade de Latakia, no oeste do país, que porventura critiquem a deterioração de suas condições de vida nas redes sociais.

De acordo com a agência North Press, a polícia militar prendeu quatro pessoas, incluindo um homem de 60 anos, por sugerir um protesto sit-in contra os recentes blecautes que atingem a região, entre outras críticas ponderadas ao governo de Assad.

Firas Ghanem foi indiciado por “sabotar o prestígio do Estado e a psiquê nacional”, por meio de uma postagem no Facebook.

“Com sua licença, pergunto ao Ministério de Relações Exteriores … se emitirá uma nota de repúdio contra as autoridades russas ou iranianas que mataram uma criança”, disse Ghanem em sua mensagem. “Na minha opinião, é melhor expressar ressalvas”.

LEIA: Refugiados palestinos fogem da opressão de Assad na Síria

Segundo as informações, policiais também invadiram a casa de uma ativista para prendê-la, após ela sugerir um protesto contra as condições de vida nas redes sociais.

Políticos, artistas e oficiais colaboracionistas de Assad recentemente se juntaram ao coro de apelos ao governo para que este responda à crise socioeconômica.

Manifestações públicas como essa eram consideradas “tabu” desde 2011, quando a violenta repressão de Assad a protestos populares por democracia deflagrou a guerra civil.

Áreas controladas pelo regime vivem um colapso de larga escala, incluindo falta de luz, água, combustíveis e alimentos, em meio a recordes de queda da moeda nacional, a lira, além de crescimento vertiginoso nos índices de pobreza e desemprego.

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