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Sisi enaltece ‘sacrifícios’ do povo egípcio no décimo aniversário de seu regime

Presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, durante sessão de encerramento da Cúpula do Novo Pacto Financeiro Global, em Paris, 23 de junho de 2023 [Lewis Joly/AFP via Getty Images]

O presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, enalteceu nesta sexta-feira (30) os “sacrifícios” e a “paciência” do povo egípcio, sob crise econômica, no décimo aniversário de seu regime. As informações são da agência de notícias Reuters.

Seu discurso celebrou uma década do golpe militar que destituiu Mohamed Morsi, primeiro presidente democraticamente eleito do Egito. Sisi aludiu a “ataques militantes” e à incerteza política e econômica “daquela época”.

“Acredito que essa geração, que por meio de seus esforços e sua paciência levou o Egito do caos e da angústia à estabilidade e segurança, será capaz de concluir essa fase de mudança e desenvolvimento”, declarou o presidente e general.

Sisi citou supostos avanços em infraestrutura e energia, incluindo obras faraônicas da nova capital e outras cidades e iniciativas de incentivo ao capital externo. Entre os projetos, estão uma ferrovia de alta velocidade e uma usina nuclear.

LEIA: ‘Não prometo nada senão trabalho e paciência’, diz Sisi ao povo do Egito

O Egito enfrenta o duro desafio de pagar seus credores, após a dívida externa quadruplicar em oito anos. Sua crise se intensificou com a invasão russa da Ucrânia, que levou à carestia de insumos alimentares, queda no turismo e retirada de investimentos externos.

Em meio à assinatura de um novo pacote do Fundo Monetário Internacional (FMI), as ações de Sisi levaram à desvalorização da moeda nacional em quase metade comparado ao dólar desde março de 2022.

Todavia, declarou Sisi: “Os enormes sacrifícios do povo egípcio e suas instituições são dignos de vitória”.

O presidente e general assumiu efetivamente o poder em 2014 e foi “reeleito” quatro anos depois, sem qualquer oposição. O próximo pleito está marcado para 2024.

Grupos de direitos humanos estimam que dezenas de milhares de pessoas, dentre os quais, ativistas seculares e islâmicos, foram presas desde o golpe militar. Sisi e apoiadores insistem que o país não tem prisioneiros políticos, mas que a segurança é fundamental.

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