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Escalada de Israel na Cisjordânia afeta normalização com o mundo árabe

Protestos contra o assassinato de um jovem palestino por colonos israelenses em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 21 de junho de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

A escalada de Israel na Cisjordânia ocupada lançou uma sombra sobre a aproximação entre o Estado ocupante e o mundo árabe, com uma queda considerável nas visitas de oficiais de Tel Aviv a países aliados, segundo reportagem do jornal israelense Haaretz.

Desde sua posse como primeiro-ministro, há seis meses, Benjamin Netanyahu visitou apenas a Jordânia. No mesmo período, Naftali Bennett havia visitado, além da Jordânia, os Emirados Árabes Unidos e o Egito.

A viagem de Bennett aos Emirados foi a primeira de um chefe de governo de Israel; sua visita ao Egito foi a primeira em uma década.

No início de seu mandato, o atual ministro de Relações Exteriores, Eli Cohen, visitou o Sudão pela primeira vez. Desde então, visitou a Turquia, Turcomenistão e Azerbaijão, sem pisar, no entanto, em nenhum país árabe.

A título de comparação, seu predecessor, Yair Lapid, havia visitado Emirados, Bahrein, Egito, Jordânia e Marrocos. Sua viagem ao Estado barenita também foi a primeira de um ministro israelense ao país.

Nos primeiros seis meses de seu mandato como ministro da Defesa, Benny Gantz, viajou ao Marrocos e Bahrein. O incumbente, Yoav Gallant, não visitou nenhum país árabe, apesar de se encontrar com seus homólogos barenita e emiradense em Munique, em fevereiro.

O Marrocos, país árabe mais visitado por oficiais israelenses desde a normalização, anunciou na semana passada o adiamento do chamado Fórum do Negev em protesto a novos planos para construir assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada.

A chancelaria israelense insiste que o evento foi adiado e não cancelado. Não há nova data ou local confirmados até então.

LEIA: Comitê do Parlamento Europeu pede indiciamento de Israel por crimes de guerra

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