Na noite desta quinta-feira (22), colonos israelenses voltaram a atacar residentes palestinos de Masafer Yatta, ao sul de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada.
As informações são da agência de notícias Wafa.
Conforme o ativista Osama al-Makhamreh, colonos do assentamento ilegal de Havat Maon, sob escolta de soldados israelenses, agrediram camponeses palestinos na aldeia de Khirbet Tuba, deixando feridos.
Em incidente análogo, colonos e seus cachorros foram gravados invadindo uma mesquita e rasgando páginas do Alcorão na aldeia de Urif, na região de Nablus, também na Cisjordânia ocupada. Vídeos captaram o momento no qual os colonos atearam fogo a uma escola local.
Nesta quinta-feira (22), o embaixador americano em Israel, Tom Nides, condenou a escalada de ataques coloniais nos últimos meses, ao alegar que Washington encoraja Israel a assumir medidas necessárias para conter a situação.
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Durante encontro com a Iniciativa de Genebra em Tel Aviv, insistiu Nides: “Não estamos inertes diante da violência dos colonos. Venho deixando claro que não apoiaremos tais ações e pressionamos Israel a agir como for preciso para impedi-las”.
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“Ao mesmo tempo, sinto muito pelas famílias que perderam entes queridos há 48 horas”, insistiu o embaixador, em referência a uma operação da resistência palestina que deixou quatro colonos mortos.
“Não podemos querer a paz mais do que as partes envolvidas”, prosseguiu. “Cabe à próxima geração reivindicar dos políticos que façam a coisa certa. Temos o futuro à nossa frente. Não deem ouvidos a quem diz o contrário. Eles não são o futuro; vocês que são”.
Segundo o Times of Israel, quinze israelenses e 20 palestinos de Nablus, Hebron, Jenin e aldeias próximas a Turmus Ayya – focos de ataques – estavam presentes.
Colonos israelenses lançaram uma série de ataques contra aldeias e cidades nos distritos de Ramallah, al-Bireh e Nablus, resultando na morte de um jovem, dezenas de casas e veículos incendiados e danos substanciais a propriedades palestinas.
Todos os assentamentos nos territórios palestinos ocupados são ilegais conforme o direito internacional. Em contrapartida, as mesmas normas reconhecem como legítimas todas as formas de resistência – incluindo a resistência armada.
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