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Escolas móveis atendem sobreviventes do terremoto na Síria

Artistas sírios Aziz Asmar, Salam Hamid e Muhammad Enis Hamdun pintam temas de sobrevivência nos escombros deixados pelo terremoto em Aleppo na Síria, em 22 de fevereiro de 2023 [Ömer Alven/Agência Anadolu]

Em Jindires, cidade no distrito de Afrin, no norte da Síria, milhares de estudantes cujas escolas foram destruídas pelos terremotos de 6 de fevereiro continuam a estudar em ônibus pintados em cores vivas e transformados em salas de aula.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Os terremotos de então causaram enorme destruição na Síria e Turquia.

Jindires – situada na área designada à Operação Ramo de Oliveira, criada por Ancara para delimitar uma zona neutra na fronteira – foi particularmente afetada pelo desastre.

Conforme o Conselho Local, das 45 escolas que atendiam dezenas de milhares de estudantes, vinte e quatro sofreram danos consideráveis. Para segurança dos alunos, seus edifícios foram fechados pelas autoridades.

Além disso, algumas das escolas remanescentes foram convertidas em abrigos temporários para os sobreviventes do terremoto.

Coloridas salas de aula

Sob os escombros, morreram 600 estudantes e 26 professores.

Em colaboração com a Orange Education Association (OEA), a Diretoria de Educação de Afrin converteu 22 ônibus em salas de aula para assegurar o ensino às crianças e adolescentes. Os veículos foram decorados com itens e ilustrações pedagógicas.

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No lugar dos assentos, carteiras, onde os estudantes atendem a aulas em estruturas móveis. Os ônibus provêm serviço de ensino e outras atividades aos sobreviventes acomodados em tendas provisórias na cidade e em seus arredores.

Cerca de três mil estudantes entre seis e 12 anos se beneficiam da iniciativa.

Yakin Said, estudante da segunda série, relatou à Anadolu: “Nossa escola foi destruída pelo terremoto. Tivemos que nos mudar para o campo e assistimos as aulas nesses ônibus. Não queremos perder nosso direito à educação”.

Maya Halid, que teve de deixar sua casa devido aos ataques das forças de Bashar al-Assad a Hama, no nordeste do país, confirmou perder três colegas no terremoto. “Viemos para este campo. Aqui, soubemos dos ônibus e começamos as aulas. Os professores são muito gentis. Estudamos matérias como árabe e matemática”.

Terremotos devastadores atingiram Turquia e Síria em 6 de fevereiro. Milhares foram mortos em meio à destruição generalizada.

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