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Sudão tem mais de 800 mortos devido a conflito armado

Fumaça aumenta enquanto confrontos continuam na capital sudanesa em 16 de abril de 2023 entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares [Mahmoud Hjaj / Agência Anadolu]

A organização cívica Comissão Médica do Sudão elevou hoje para 822 o número de mortos em consequência do conflito armado neste país, onde se enfrentam o Exército e as Forças paramilitares de Apoio Rápido (RSF).    

Ao fazer o balanço das vítimas após os confrontos entre as forças beligerantes, iniciados em 15 de abril, a organização de médicos indicou que até o momento foram contabilizados mais de 3.215 feridos.

A entidade detalhou ainda que a cidade de El Geneina, capital do estado de Darfur, surge como uma das zonas onde se registaram elevados números de mortos e feridos, com 280 e 169, respectivamente.

Soma-se a isso o fato de que, segundo relatório recente do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, o conflito provocou cerca de um milhão de deslocados e refugiados, que, no caso destes últimos, foram para países vizinhos.

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Diante da complexa situação humanitária no Sudão, as Nações Unidas estimam que são necessárias doações de cerca de três bilhões de dólares para fornecer recursos, como alimentos, água e itens de higiene, a populações vulneráveis.

Enquanto Cartum, a capital do país, e outras áreas estão sob tensão em meio a confrontos entre tropas do governo e o RSF, ambas as entidades se acusam de atacar cidades onde residem populações civis.

Várias organizações, incluindo as Nações Unidas, manifestaram recentemente a sua satisfação pela assinatura de um acordo preliminar entre as partes em conflito no Sudão, como base inicial para a cessação das hostilidades.

A chamada Declaração de Jeddah, assinada na Arábia Saudita pelo Exército e pelos paramilitares RSF, também foi bem recebida pela União Africana (UA) e pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento da África Oriental (IGAD).

O documento constitui um passo importante para proteger os civis e preservar a sua dignidade, considerado através de um comunicado o mecanismo tripartido para alcançar a paz no Sudão, constituído pela ONU, UA e IGAD.

Publicado originalmente em Prensa Latina

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