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Em busca da normalização, Israel pede a Riad voos diretos para peregrinação islâmica

Muçulmanos visitam Meca para a peregrinação (Hajj), na Arábia Saudita, em 22 de junho de 2022 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Israel pediu às autoridades sauditas que permitam voos diretos entre os países para cidadãos muçulmanos que queiram realizar a peregrinação do Hajj, que ocorre em junho. A medida, no entanto, tem como objetivo normalizar relações com o reino.

O ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, disse na quarta-feira (3) que um pedido foi submetido para debater a questão.

“Não posso dizer se houve progresso, mas estou otimista de que podemos avançar na paz junto à Arábia Saudita”, declarou o chanceler à rádio militar israelense.

A medida sucedeu falas do ex-premiê e atual líder da oposição, Yair Lapid, feitas em março, de que seu governo obteve uma vitória histórica ao assegurar o aval saudita para os primeiros voos diretos entre as partes, para a peregrinação do ano passado.

Muçulmanos da Cisjordânia e do território considerado Israel – ocupado via limpeza étnica em 1948 – costumam viajar a Meca por meio de países terceiros, com custos adicionais.

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Apesar de não haver relações diplomáticas formais entre Riad e Tel Aviv, rumores persistentes apontam para a possibilidade de que a monarquia siga os passos de vizinhos do Golfo, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, ao normalizar laços com o regime ocupante.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu expressou esperanças de que o reino seja o próximo regime árabe a assinar os Acordos de Abraão. Em dezembro, Netanyahu apareceu na televisão saudita para dizer que a normalização era fundamental à paz entre israelenses e palestinos.

Até então, a monarquia insiste no estabelecimento de um Estado palestino como pré-requisito à normalização, conforme consenso regional.

Todavia, o ministro de Estado de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, afirmou recentemente ao Comitê Judaico Americano que a normalização é “questão de tempo”.

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