Organização palestina insta Haia a levar a sério os crimes de Israel

O Centro Palestino de Direitos Humanos (CPDH) reforçou os apelos nesta terça-feira (11) para que o procurador Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, realize uma investigação “séria” sobre os crimes cometidos pela ocupação israelense contra os palestinos.

O comunicado sucede em um dia a morte a tiros de Mohammad Awadat, de 17 anos, no campo de refugiados de Aqabat Jabr, na cidade de Jericó, na Cisjordânia ocupada.

Declarou a organização: “Os recentes ataques da ocupação, que deixaram um menor palestino morto e três feridos em Jericó, constituem o padrão dos crimes de guerra israelense e outras atrocidades resultantes do uso excessivo da força.”

A Defesa Internacional das Crianças – Palestina (DCIP) destacou em relatório: “Forças de Israel entraram no campo de Aqabat Jabr por volta das 9h40 da manhã, ao se retirarem, dispararam munição real, atingindo Mohammad na cabeça, no peito, no abdômen e na pélvis.”

“Uma ambulância do Crescente Vermelho da Palestina levou Mohammad ao hospital público de Jericó, onde foi declarado morto por volta das 11h30 da manhã”, prosseguiu a nota.

Decisão da TPI traz esperança para a Palestina e consternação para Israel. [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Ayed Abu Eqtaish, diretor do programa de responsabilização da DCIP, afirmou: “A impunidade sistêmica cria um contexto permissivo e sem limites às forças israelenses, que rotineiramente dispara contra crianças palestinas para matá-las, em circunstâncias sem ameaça iminente.”

“Os assassinatos ilegais de menores palestinos se tornaram a norma; as tropas israelenses se sentem cada vez mais autorizadas a usar a força letal deliberada em situações não justificadas”, acrescentou. “Em resumo, esses são crimes de guerra ainda sem resposta.”

O CPDH reivindicou da comunidade internacional que abandone sua política de duplo padrão e  intervenha imediatamente para conter os crimes da ocupação israelense.

Awadat é o 18º menor palestino morto pelas forças israelenses em 2023, segundo a DCIP.

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