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Casa Branca nega recuo em sua missão na Síria, apesar de ataques

Forças dos Estados Unidos fornecem treinamento militar na província de Al-Hasakah, na Síria [Hedil Amir/Agência Anadolu]
Forças dos Estados Unidos fornecem treinamento militar na província de Al-Hasakah, na Síria [Hedil Amir/Agência Anadolu]

Os Estados Unidos não vão recuar de sua presença na Síria, onde há quase oito anos combatem remanescentes do grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh), apesar dos ataques contra tropas americanas na semana passada, reivindicados por uma milícia pró-Teerã, afirmou a Casa Branca nesta segunda-feira (27).

As informações são da agência de notícias Reuters.

Um drone de assalto atingiu uma base dos Estados Unidos na Síria na quinta-feira (23), matando um empreiteiro americano e ferindo outro, junto de cinco soldados.

Washington retaliou com ataques aéreos e artilharia. Um grupo de monitoramento da guerra reportou a morte de três soldados locais, onze combatentes sírios e cinco estrangeiros filiados a milícias pró-governo.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, alegou não ter ciência de qualquer ofensiva adicional nas últimas 36 horas, mas advertiu: “Continuamos vigilantes”.

Kirby reiterou as declarações do presidente Joe Biden na sexta-feira (24), sobretudo seu alerta de que os Estados Unidos agiriam com firmeza para proteger seus cidadãos no exterior.

“Não há mudança alguma em nossa presença na Síria devido ao que ocorreu nos últimos dias”, insistiu Kirby, em referência à continuidade das operações contra o Daesh. “Nós não seremos dissuadidos por ataques de grupos militantes.”

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No domingo (26), o Ministério das Relações Exteriores da Síria condenou a ofensiva americana, ao acusar Washington de mentir sobre os ataques. Em tom particularmente agressivo, o regime de Bashar al-Assad prometeu “acabar com a ocupação americana” de seu território.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã fez coro ao repúdio, ao acusar as forças dos Estados Unidos de alvejar civis.

Forças americanas foram encaminhadas à Síria pela gestão de Barack Obama, em sua campanha contra o Daesh, em apoio a grupos opositores ao regime. Há cerca de 900 soldados americanos na Síria, a maioria deles no leste do país.

Antes dos ataques recentes, tropas americanas na Síria sofreram 78 ataques de grupos ligados ao Irã desde o início de 2021, de acordo com o Pentágono.

O Irã é um dos principais apoiadores do presidente Bashar al-Assad, junto da Rússia, em meio aos 12 anos de conflito na Síria. A guerra civil na Síria eclodiu quando Assad reprimiu com brutalidade protestos populares por democracia.

Milícias ligadas à república islâmica, incluindo o grupo libanês Hezbollah e células iraquianas, têm influência nas áreas leste, sul e norte da Síria, além dos subúrbios da capital, Damasco.

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