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Comissário da ACNUR diz que destruição pelos terremotos Turquia-Síria chega a nível ‘apocalíptico’

Início do trabalho para a demolição de um prédio que caiu inteiro para um lado, no distrito de Golbasi em Adiyaman, depois que terremotos de magnitude 7,7 e 7,6 atingiram várias províncias da Turquia, incluindo Adiyaman, em 11 de março de 2023 [Recep Bilek/Agência Anadolu]
Início do trabalho para a demolição de um prédio que caiu inteiro para um lado, no distrito de Golbasi em Adiyaman, depois que terremotos de magnitude 7,7 e 7,6 atingiram várias províncias da Turquia, incluindo Adiyaman, em 11 de março de 2023 [Recep Bilek/Agência Anadolu]

O alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, pediu que mais apoio seja dado às áreas na Síria e na Turquia devastadas pelos terremotos de 6 de fevereiro.

“O nível de destruição e devastação é chocante e em muitos lugares apocalíptico”, disse ele após uma visita de cinco dias à região afetada.

“Milhões sofreram perdas, ferimentos e traumas, e muitos outros foram deslocados por este trágico e terrível evento.”

“As necessidades no terreno em ambos os países são enormes e a resposta deve ter mais recursos. Embora seja fundamental pensar e apoiar esforços de longo prazo, muito mais ajuda humanitária e recursos de recuperação rápida são necessários para que as pessoas possam começar a reconstruir suas vidas e meios de subsistência”.

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 Filippo Grandi relata no post: “Passei 5 dias visitando sobreviventes do terremoto na Síria e na Turquia: muitos são refugiados ou deslocados. Eu vi a situação deles em Lattakia e Hama; no noroeste da Síria, onde cheguei em um comboio transfronteiriço; e no sudeste da Turquia. Todos precisam de socorro humanitário urgente e ajuda para se recuperar”.[Twitter]

Cerca de 54.000 pessoas morreram nos terremotos de 6 de fevereiro e milhares estão desaparecidas. Pelo menos 2,7 milhões de pessoas foram deslocadas em toda a região.

Cidades feitas de tendas e casas de contêineres surgiram para abrigar pessoas, mas muitas permanecem desabrigadas ou em acomodações temporárias.

O chamado de Grandi segue um alerta da Cruz Vermelha de que uma ação urgente é necessária para evitar o colapso dos sistemas de água no noroeste da Síria após o terremoto.

Danos diretos à infraestrutura, o colapso do abastecimento de esgoto de Aleppo e a destruição de tanques de água nos telhados aumentaram as chances de que água contaminada possa poluir o abastecimento, o que aumenta o risco de doenças infecciosas.

Milhares de casos de cólera estão sendo registrados no noroeste da Síria.

No final de fevereiro, a ong Médicos Sem Fronteiras (MSF) fez um apelo urgente por assistência para as pessoas no noroeste da Síria e por um aumento imediato de abrigos, água, equipamentos sanitários e suprimentos médicos.

Muitos dos sobreviventes do terremoto no noroeste da Síria já foram deslocados por 12 anos de guerra e muitos já viviam em tendas.

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