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ONG israelense condena novo plano expansionista de Israel na Cisjordânia

Tratores israelenses demolem casas palestinas na Cisjordânia ocupada, 23 de setembro de 2020 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]
Tratores israelenses demolem casas palestinas na Cisjordânia ocupada, 23 de setembro de 2020 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]

A ONG israelense Peace Now condenou hoje a decisão de Israel de construir mais de 7.000 casas para colonos na Cisjordânia, 3.000 delas no chamado corredor E1, que dividiria esse território palestino em dois.    

O Conselho Superior de Planejamento da Administração Civil de Israel aprovou na quarta e quinta-feira a construção de 7.157 unidades habitacionais em vários assentamentos localizados na Cisjordânia, considerados ilegais pela comunidade internacional.

Em 2021 e 2022, foram aprovados três mil 645 e quatro mil 427 para serem construídos, respectivamente.

Os principais planos de construção estarão localizados nos bairros de Ma’ale Adumin (1.100 casas), Kochav Yaakov (630), Giv’at Ze’ev (485), Ma’ale Amos (485) e Elazar (430).

LEIA: Conselho de Segurança da ONU denuncia Israel em comunicado

A Peace Now afirmou que o plano E1 ameaça a continuidade geográfica e de desenvolvimento entre as cidades de Ramallah, Jerusalém Oriental e Belém, e limitaria ainda mais a possibilidade de um futuro estado palestino.

“A erosão da democracia israelense é a principal agenda do governo (de Benjamin Netanyahu), e o faz não apenas minando o sistema judicial, mas também destruindo qualquer possibilidade de solução política e de paz”, alertou.

Conhecida como área E1 ou corredor E1, esta área de cerca de 12 quilômetros quadrados tem uma posição chave, pois está localizada entre Jerusalém Oriental e Ma’ale Adumim.

As autoridades palestinas afirmam que, além de conectar as duas urbanizações, o objetivo de Tel Aviv é isolar Jerusalém Oriental do restante da Cisjordânia, que também seria dividida em duas.

A parte oriental daquela metrópole, ocupada por Israel, é reivindicada como a capital do futuro Estado palestino, posição defendida pela maior parte da comunidade internacional e pela ONU.

LEIA: O derramamento de sangue palestino e o ultraje dos gestos vazios

Publicado originalmente em Prensa Latina

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