Dois palestinos foram mortos a tiros na manhã desta quinta-feira (19) por soldados israelenses na cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, reportou a agência de notícias Wafa.
Segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP), Jawad Fareed Bawaqneh (57), pai de seis filhos e professor, foi baleado à queima-roupa no peito. Adham Jabareen (28) foi ferido no estômago e faleceu.
Um vasto contingente da ocupação sionista, com mais de 70 veículos militares, invadiu o campo de refugiados de Jenin nesta madrugada e disparou gás lacrimogêneo e munição real contra os residentes, incitando protestos.
Três outros palestinos foram baleados e feridos; quatro foram presos, incluindo dois irmãos.
O filho de Jawad, presente na cena, descreveu a morte do pai como execução, em entrevista à televisão local, segundo informações da rede Al-Jazeera.
O Ministério da Educação lamentou a morte de Jawad em nota publicada no Twitter, ao exaltar o professor de educação física de um colégio de Jenin como mártir nacional.
https://twitter.com/PalestineMoE/status/1615979161721487361?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1615979161721487361%7Ctwgr%5Ed1bcdd306fdcec6d39b1f288e1e50e8030d870fe%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.middleeastmonitor.com%2F20230119-israel-shoots-dead-two-palestine-men-in-jenin-refugee-camp-raid%2F
Dezessete palestinos foram mortos por Israel em três semanas, desde o começo de 2023. O ano avança para bater o recorde de 2022 – o mais letal para os palestinos desde 2005.
No início da semana, soldados mataram Ahmed Kahl (45), perto de Silwad, a norte de Ramallah.
Há um notável aumento nas operações militares de Tel Aviv na Cisjordânia, nos meses recentes, junto da escalada na violência perpetrada por colonos ilegais.
