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Israel vive ‘profunda divisão’ sobre reforma na justiça, alerta Herzog

Presidente de Israel Isaac Herzog em Berlim, na Alemanha, 6 de setembro de 2022 [Abdulhamid Hosbas/Agência Anadolu]
Presidente de Israel Isaac Herzog em Berlim, na Alemanha, 6 de setembro de 2022 [Abdulhamid Hosbas/Agência Anadolu]

O presidente de Israel Isaac Herzog reconheceu neste domingo (15) que o estado sionista sofre de uma “profunda divisão” devido a medidas do novo governo de Benjamin Netanyahu.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Dezenas de milhares de israelenses tomaram as ruas da cidade de Tel Aviv, na noite de sábado (14), para protestar contra os planos do governo de reformar drasticamente o sistema judicial.

“Vivemos uma profunda divisão que está deixando nossa nação aos pedaços. Tamanho conflito me preocupa bastante, assim como preocupa muitos em Israel e na diáspora”, declarou Herzog em sua página do Twitter.

“As fundações da democracia israelense, incluindo nosso sistema de justiça, são sacras e temos de protegê-las rigorosamente, mesmo quando há debates essenciais sobre as relações entre os diferentes ramos do governo”, acrescentou.

O presidente é criticado por fugir de esclarecimentos sobre sua posição.

“Respeito as críticas contra mim, mas procuro me concentrar em dois papeis fundamentais que carrego como presidente, neste momento: evitar uma crise constitucional histórica e superar a fissura que continua a assolar nossa nação”.

Herzog insistiu buscar “diálogo abrangente, atencioso e respeitoso” entre as partes relevantes.

Sob proposta do Ministro da Justiça Yariv Levin, as reformas – caso aprovadas – podem refletir a maior mudança de paradigma do sistema de governabilidade do Estado de Israel.

As emendas limitariam o poder da Suprema Corte, dariam ao governo direito de escolher juízes e encerrariam a indicação de conselheiros legais aos ministérios pelo procurador-geral.

Netanyahu é réu por corrupção, mas defendeu a mudança ao alegar ter mandato de milhões de eleitores para tanto. Seu novo governo foi empossado em 29 de dezembro, após cinco eleições em quatro anos, que culminaram em uma nova coalizão de extrema-direita.

 LEIA: Conselho de Segurança debate a importância do Estado de direito no mundo

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