Colonos extremistas e soldados israelenses cometeram 8.724 violações contra o povo palestino e suas propriedades nos territórios ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental em 2022, reportou nesta quarta-feira (4) a Comissão de Resistência ao Muro e à Colonização.
Muayyad Shaaban, chefe da organização, observou que as violações trespassaram os mandatos de dois premiês – Naftali Bennett e Yair Lapid – que “possuíam discursos políticos distintos, mas com a mesma essência em termos de agressão contra os palestinos”.
Conforme Shaaban, colonos executaram 1.187 violações, incluindo a morte de seis civis. Foram 354 ataques contra plantações e reservas naturais palestinas, incluindo ao arrancar e envenenar 10.291 árvores.
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Autoridades ocupantes, acrescentou Shaaban, emitiram 1.220 mandados de demolição contra casas e instalações palestinas sob pretexto de falta de alvarás, muito raramente deferidos pelas forças sionistas. Foram demolidos 715 edifícios, afetando 1.235 pessoas.
Shaaban disse esperar que a situação se deteriore ainda mais no próximo ano, após empossado o novo governo de Benjamin Netanyahu, constituído por uma aliança com políticos de extrema-direita.