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Nota do Itamaraty condena incursão israelense na Mesquista de Al Aqsa

Al Aqsa é o 3º local mais sagrado no mundo para os muçulmanos. [Lina Bakr/Monitor do Oriente Médio]

Na noite de terça-feita (03), após a posse do diplomata Mauro Vieira como ministro de Relações Exteriores do governo Lula, o Itamaraty divulgou sua segunda nota de posicionamento brasileiro, condenando a incursão do novo ministro de Segurança Nacional de extrema direita de Israel, Itamar Ben-Gvir, no complexo de Al Aqsa, em Jerusalém, na Palestina ocupada.

Al Aqsa é o 3º local mais sagrado no mundo para os muçulmanos e cobiçado por Israel para completar o processo de limpeza étnica da Palestina e a imposição de um Estado judaico.

Ben-Gvir foi nomeado ministro do novo governo de Benjamin Netanyahu que volta ao poder com o projeto de extrema direita de aumento dos assentamentos ilegais condenados pela ONU e manutenção do atual estado de apartheid.

Confira a nota do Itamaraty:

Incursão de Ministro Israelense na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém

O Brasil acompanhou com grande preocupação a incursão do Ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, na Esplanada das Mesquitas (“Haram-El-Sharif”), em Jerusalém, na manhã de hoje, 03/01.

À luz do direito internacional e tendo presente o status quo histórico de Jerusalém, o governo brasileiro considera fundamental o respeito aos arranjos estabelecidos pela Custodia Hachemita da Terra Santa, responsável pela administração dos lugares sagrados muçulmanos em Jerusalém, tal como previsto nos acordos de paz entre Israel e a Jordânia, em 1994. Ações que, por sua própria natureza, incitam à alteração do status de lugares sagrados em Jerusalém constituem violação do dever de zelar pelo entendimento mútuo, pela tolerância e pela paz.

O Brasil reitera o seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz, em segurança e dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Com esse propósito, o governo brasileiro exorta ambas as partes a se absterem de ações que afetem a confiança mútua necessária à retomada urgente do diálogo com vistas a uma solução negociada do conflito.

LEIA: Netanyahu adia visita aos Emirados após invasão de Ben-Gvir a Al-Aqsa

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