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Egito sugere banir TikTok após menino fraturar o pescoço em desafio viral

TikTok, aplicativo de redes sociais, em 21 de fevereiro de 2020 [Mustafa Murat Kaynak/Agência Anadolu]
TikTok, aplicativo de redes sociais, em 21 de fevereiro de 2020 [Mustafa Murat Kaynak/Agência Anadolu]

O deputado egípcio Enas Abdel-Halim pediu aos Ministérios da Educação e da Comunicação que proíba o TikTok no país, sob o pretexto de proteger as crianças. Seu apelo sucedeu um acidente no qual um menino de 13 anos fraturou o pescoço ao participar de um desafio que viralizou na plataforma de redes sociais.

Segundo a imprensa local, o menino correu em direção a um grupo de amigos que o atirou para o alto; o menino, no entanto, caiu de cabeça e teve ferimentos graves.

A plataforma e seus desafios se popularizaram recentemente entre estudantes egípcios. Alguns incidentes causaram preocupação em pais e responsáveis e atraíram atenção de parlamentares e políticos populistas.

Ao participar de um desafio, uma menina foi gravada prendendo a respiração enquanto colegas apertavam seu peito. A menina desmaiou e teve de ser reanimada pelas pessoas próximas.

Em 2018, o desafio “Baleia Azul” viralizou no Egito, ao supostamente incitar jovens ao suicídio.

Em outro incidente registrado em câmera, estudantes bebem energéticos restritos a maiores de dezoito anos. Profissionais de saúde alertam para problemas renais e cardíacos.

Os relatos, contudo, extrapolam fronteiras. No fim de novembro, uma adolescente faleceu nos Estados Unidos após amarrar uma coleira de cachorro em seu pescoço e então em seu armário, para realizar o chamado “desafio do blecaute”.

Pouco antes, uma menina italiana de apenas dez anos morreu em casa ao pendurar-se com um cinto no gancho do banheiro.

Não obstante, no Egito, a disputa com o TikTok excede a preocupação com a infância. Nos anos recentes, o regime militar buscou suprimir usuárias da rede sob acusações de “indecência” e de “violação dos valores familiares”.

A Anistia Internacional condenou as autoridades egípcias pela adoção de táticas repressivas para controlar o conteúdo online.

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