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Irã condena cinco manifestantes a pena capital pela morte de agente paramilitar

Protestos contra a morte em custódia de Mahsa Amini (22) continuam no Irã, apesar da repressão policial [Getty Images]
Protestos contra a morte em custódia de Mahsa Amini (22) continuam no Irã, apesar da repressão policial [Getty Images]

Cinco pessoas foram condenadas à pena capital pela morte de um membro da milícia Basij, em meio aos protestos que varrem o país, informou nesta terça-feira (6) Massoud Setayeshi, porta-voz do poder judiciário da república islâmica.

Durante coletiva de imprensa, Setayeshi confirmou que onze pessoas – incluindo três menores de idade – receberam penas extensas pela morte de Ruhollah Ajamian. Cabe recurso.

Protestos eclodiram novamente no Irã em meados de setembro após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, em custódia da polícia de moralidade, detida por supostamente violar o código de vestimenta imposto pelo regime teocrático.

Desde então, o governo insiste em acusar “potências estrangeiras hostis” – sobretudo Estados Unidos, Israel e opositores curdos radicados no Iraque – por alimentar a “rebelião”.

LEIA: Irã prende 12 pessoas acusadas de associação com agentes estrangeiros

Segundo a ong Human Rights in Iran, ao menos 448 pessoas, incluindo 60 menores de 18 anos e 29 mulheres, foram mortas pela repressão das forças policiais e militares.

Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 14 mil pessoas, incluindo artistas e personalidades do setor de cultura, foram presas devido aos protestos. Todos os detidos estão sob ameaça de pena capital.

Na segunda-feira (5), o país foi tomado por uma greve geral, com a participação de 74 cidades, incluindo a capital. Teerã viveu um dia incomum sem trânsito, à medida que famílias deixaram de levar seus filhos à escola, reportou a AFP.

A despeito das ameaças das autoridades iranianas, estabelecimentos comerciais fecharam suas portas em diversas cidades do país.

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