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Israel tira crianças de suas famílias para interrogatório

Crianças palestinas durante evento em Rafah, na Faixa de Gaza, 9 de agosto de 2022 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Soldados da ocupação israelense invadiram casas na região de Nilin, na Cisjordânia ocupada, na manhã desta terça-feira (22) e detiveram três crianças palestinas entre 13 e 14 anos, reportou a agência de notícias Wafa. As crianças foram interrogadas pelos agentes militares.

Outras quatro crianças foram abduzidas por Israel na aldeia de Abu Dis, a leste de Jerusalém.

O mais recente ataque a crianças palestinas sucede um relatório divulgado nesta segunda-feira (21), conforme o qual o exército ocupante assassinou 40 crianças palestinas e deteve 770 outras somente em 2022.

A Comissão de Prisioneiros e Ex-prisioneiros da Autoridade Palestina (AP) acusou a ocupação de tornar as crianças palestinas um alvo permanente de práticas destrutivas, seja ao executá-las ou prendê-las.

LEIA: Israel ‘tortura crianças palestinas em detenção’

Em nota, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos confirmou a prisão de 750 menores por Israel em 2022. Ao menos 160 crianças continuam em custódia. Oito menores – três meninas – estão em detenção administrativa, isto é, sem julgamento ou acusação.

“Crianças são submetidas a todas as formas de abusos sistemáticos, incluindo tortura”, reiterou a ong que monitora os prisioneiros palestinos nas cadeias israelenses.

Desde 1967, Israel deteve mais de 50 mil crianças palestinas – quase 20 mil desde 2000, quando se deflagrou a Segunda Intifada.

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