clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Israel tira crianças de suas famílias para interrogatório

22 de novembro de 2022, às 15h00

Crianças palestinas durante evento em Rafah, na Faixa de Gaza, 9 de agosto de 2022 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Soldados da ocupação israelense invadiram casas na região de Nilin, na Cisjordânia ocupada, na manhã desta terça-feira (22) e detiveram três crianças palestinas entre 13 e 14 anos, reportou a agência de notícias Wafa. As crianças foram interrogadas pelos agentes militares.

Outras quatro crianças foram abduzidas por Israel na aldeia de Abu Dis, a leste de Jerusalém.

O mais recente ataque a crianças palestinas sucede um relatório divulgado nesta segunda-feira (21), conforme o qual o exército ocupante assassinou 40 crianças palestinas e deteve 770 outras somente em 2022.

A Comissão de Prisioneiros e Ex-prisioneiros da Autoridade Palestina (AP) acusou a ocupação de tornar as crianças palestinas um alvo permanente de práticas destrutivas, seja ao executá-las ou prendê-las.

LEIA: Israel ‘tortura crianças palestinas em detenção’

Em nota, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos confirmou a prisão de 750 menores por Israel em 2022. Ao menos 160 crianças continuam em custódia. Oito menores – três meninas – estão em detenção administrativa, isto é, sem julgamento ou acusação.

“Crianças são submetidas a todas as formas de abusos sistemáticos, incluindo tortura”, reiterou a ong que monitora os prisioneiros palestinos nas cadeias israelenses.

Desde 1967, Israel deteve mais de 50 mil crianças palestinas – quase 20 mil desde 2000, quando se deflagrou a Segunda Intifada.