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Sudão protesta contra ‘interferência estrangeira’ em seus assuntos

Pessoas, segurando faixas, se reúnem para protestar contra a intervenção estrangeira, em frente da Embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Cartum, Sudão, em 08 de novembro de 2022 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

Centenas de sudaneses se manifestaram ontem na capital Cartum contra a interferência estrangeira nos assuntos internos do país, informou a Anadolu.

Os manifestantes foram às ruas principalmente para protestar contra a interferência dos Emirados Árabes Unidos.

Apoiadores do Partido do Congresso Nacional (NCP) do presidente deposto Omar Al-Bashir agitaram faixas com os dizeres: “Não à interferência externa”.

Alguns dias atrás, manifestações semelhantes foram organizadas em Cartum, exigindo a expulsão de Volker Perthes, chefe da Missão de Transição Integrada das Nações Unidas no Sudão (UNITAMS), informou Anadolu.

“Estamos protestando contra conspirações que visam os islâmicos no Sudão”, disse Ismail Mahmoud, 56, à Agência Anadolu. “O Sudão nunca será governado por leis seculares enquanto estivermos vivos”, disse ele.

“Também estamos demonstrando para manter a soberania nacional do Sudão contra a interferência estrangeira e o novo colonialismo representado pelo enviado da UNITAMS Volker Perthes”, acrescentou Mahmoud.

LEIA: Manifestantes do Sudão marcham em direção ao Palácio no aniversário do golpe

Os militares no poder do Sudão e a coalizão Forças para a Liberdade e Mudança (FFC) da oposição têm participado de negociações sob os auspícios da UNITAMS para chegar a um acordo para resolver a crise política que já dura meses no país.

O mecanismo QUAD, que inclui EUA, Reino Unido, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, também está pressionando os rivais do Sudão a chegar a um acordo político para trazer o país de volta ao caminho da transição.

O Sudão está em turbulência há mais de um ano desde que os militares demitiram o governo de transição do primeiro-ministro Abdalla Hamdok, uma medida condenada pelas forças políticas como um “golpe militar”.

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