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30 organizações da Tunísia condenam o uso da polícia e do judiciário contra manifestantes

Unidades policiais são mobilizadas após manifestantes incendiarem e bloquearem estradas durante um protesto contra a situação política e econômica no país na região de Al-Karam, em Túnis, Tunísia, em 20 de outubro de 2022 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

Trinta grupos e organizações condenaram na sexta-feira o uso da polícia e do judiciário para deter o movimento popular e intimidar ativistas, informou a Agência Anadolu.

A lista inclui orgãos de jornalistas, grupos sociais e econômicos, associações de advogados e defensores de direitos humanos.

De acordo com a Agência Anadolu, esta declaração veio após o ataque e detenção de seis pessoas, acusando-as de atacar propriedades privadas e públicas durante confrontos entre forças de segurança e manifestantes.

“Nosso país vive recentemente em um estado de ebulição social em resposta às políticas do governo, que adotou uma política de impunidade em vez de alcançar as esperanças dos tunisianos”, expressa o comunicado.

O comunicado também rejeitou o uso da polícia e do judiciário contra os protestos antigovernamentais, destacando o apoio de todos os grupos e organizações aos protestos pacíficos contra: “Marginalização, empobrecimento, fome, manipulação da autoridade sobre o destino dos tunisianos e a explosão dos objetivos da revolução.”

As entidades condenaram “o uso excessivo da força, a detenção arbitrária e o ataque a ativistas em vez de lidar com eles positivamente e entender as razões de seus protestos”.

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O documento culpa a autoridade do país pelas consequências de suas políticas econômicas e sociais, que “produziram desemprego, pobreza e desigualdade injusta” e pede ao governo que “revise suas políticas, proporcionar desenvolvimento justo, opções fiscais e combater a corrupção”.

Há cerca de dez dias, a capital da Tunísia é palco de protestos contra as políticas do governo que mergulharam o país em mais crises políticas, sociais e econômicas.

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