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Vicê-premiê dos Emirados ajuda Abramovich a contornar sanções, segundo denúncia

Bilionário russo-israelense Roman Abramovich, 2 de junho de 2020 [Uber Chelsea FC/Twitter]

Advogados penais internacionais encaminharam uma queixa à Secretaria de Relações Exteriores do Reino Unido contra Mansour bin Zayed al-Nahyan (51) – proprietário do clube de futebol Manchester City e vice-premiê dos Emirados Árabes Unidos (EAU) –, acusado de ajudar Roman Abramovich e outros oligarcas russos a contornar sanções internacionais procedentes da invasão militar da Ucrânia.

Segundo a denúncia, Dubai se tornou um santuário para bilionários russos. Recursos de figuras próximas ao Presidente da Rússia Vladimir Putin foram canalizados ao país do Golfo; al-Nahyan tornou-se uma figura “central” para a evasão de sanções internacionais.

Conforme detalhes da queixa, reportados pela rede Telegraph, o pedido para investigar o papel de al-Nahyan foi submetido pelos advogados Rhys Davies e Ben Keith, em nome de um ativista ucraniano, que permanece anônimo por questões de segurança.

A denúncia reitera que os Emirados “são agora vistos como destino preferencial a apoiadores de Putin sob sanções”. Relatos indicam que “cada vez mais [empresários] russos batem à porta do sheikh Mansour [al-Nahyan]”.

LEIA: Grupos israelenses pedem que os EUA não sancionem bilionário russo Roman Abramovich

Caso seja confirmado que o vice-premiê emiradense agiu em solo britânico para evadir sanções, a eventual investigação recai sob jurisdição do Reino Unido. A queixa-crime pede ao Secretário de Relações Exteriores James Cleverly que analise a possibilidade de sancionar al-Nahyan.

A denúncia observa que ao menos 38 empresários ou oficiais ligados a Putin possuem dezenas de propriedades em Dubai, estimadas em mais de US$314 milhões no total.

Os Emirados são um parceiro estratégico de Londres. Portanto, permanece incerto se o governo conservador recém-empossado de Liz Truss lançará uma investigação formal em detrimento da indústria de armas do Reino Unido, que conduz negócios lucrativos com a autocracia do Golfo.

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