Síria prende sobreviventes de naufrágio no Líbano, sob pretexto de segurança

Autoridades sírias prenderam alguns dos sobreviventes de um naufrágio no Mar Mediterrâneo, na última semana – incidente que matou ao menos cem requerentes de asilo.

A embarcação partiu do Líbano com cerca de 150 refugiados sírios, palestinos e libaneses, mas naufragou na costa de Tartous, no sul da Síria. O número de mortos chegou a 102 vítimas nesta segunda-feira (26), ainda com dezenas de desaparecidos.

Autoridades conduzem operações de busca na região; vinte sobreviventes foram encontrados. Seu resgate, no entanto, não lhes garante segurança.

Segundo o Grupo de Ação para os Palestinos na Síria (AGPS), ong sediada em Londres, “fontes especiais” confirmaram que alguns sobreviventes sírios e palestinos foram detidos por agentes do regime de Bashar al-Assad, sob pretexto de segurança e investigações.

Ao corroborar as prisões, a organização mencionou uma página no Facebook intitulada Aleppo Eyetwitness, que reportou fontes do Hospital de al-Basel, na cidade de Tartous.

Fontes de imprensa também reportaram a apreensão de cidadãos sírios acusados de desertar das Forças Armadas, além daqueles que se refugiaram no Líbano e se recusaram a retornar ao país voluntariamente.

Assad – em parceria com estados vizinhos – tenta obter o retorno de uma parcela substancial dos refugiados, ao prometer salvo-conduto. Porém, prevalecem relatos de prisões arbitrárias e outras violações contra aqueles que regressam a seu país natal.

LEIA: Regime sírio descumpre promessas, prende família logo após retornar da Turquia

Sair da versão mobile