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Liga Árabe deve focar nos crimes de Israel ao invés de Teerã, alerta chancelaria iraniana

Ministro de Relações Exteriores do Irã Hussein Emir Abdullahiyan (segundo à direita) posa para foto durante Conferência para Cooperação e Parceria em Bagdá, capital do Iraque, 28 de agosto de 2021 [Corte Real Hachemita/Agência Anadolu]

Os estados-membros da Liga Árabe carecem de “compreensão” sobre os desenvolvimentos e a conjuntura na região, afirmou nesta quinta-feira (8) Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã.

O comentário de Kanaani serviu de resposta a uma declaração divulgada por chanceleres da Liga Árabe após reunião nesta semana, o qual criticou a república islâmica por interferir nos assuntos internos de estados árabes.

“A emissão de comunicados como este reflete falta de compreensão pelos estados-membros dos desenvolvimentos e da realidade do que ocorre em nossa região”, alertou Kanaani.

O porta-voz aconselhou a Liga Árabe a “concentrar-se nos crimes da entidade sionista contra o povo palestino, ao invés de repetir acusações sem qualquer valor”. Kanaani argumentou ainda que a declaração “contradiz tentativas de estados-membros de melhorar relações com Teerã”.

O conselho da Liga Árabe realizou sua 158ª sessão de política externa na terça-feira (6), na sede do Secretariado-Geral da entidade. Os ministros debateram questões mútuas em âmbito social, político, militar, econômico e legal.

LEIA: O Irã ‘não cruzará linhas vermelhas’ para acordo nuclear, diz ministro

O chanceler saudita Faisal bin Farhan bin Abdullah al-Saud presidiu uma reunião do Quarteto Ministerial Árabe para abordar “relações com Teerã e formas de contestar sua ingerência em assuntos domésticos de outros estados”, segundo o comunicado.

O Iraque recebe negociações entre Irã e Arábia Saudita desde 2021, com o intuito de superar a ruptura diplomática entre os países e chegar a um acordo sobre o o programa nuclear iraniano e o conflito no Iêmen – travado entre uma coalizão saudita e rebeldes xiitas.

Teerã e Riad romperam relações em janeiro de 2016, após um ataque à embaixada saudita na capital iraniana; o ataque, por sua vez, decorreu da execução do clérigo xiita Nimr al-Nimr por autoridades da monarquia.

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