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Israel matou ao menos 111 palestinos em 2022, revela relatório

Forças israelenses invadem Silwad, distrito de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 31 de agosto de 2022 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Israel matou ao menos 111 palestinos e feriu centenas desde janeiro até o fim de agosto, reportou nesta quinta-feira (1º) um relatório do Centro Palestino para Direitos Humanos (CPDH).

“Até então, em 2022, ataques perpetrados pelas forças da ocupação israelense mataram 111 palestinos, dentre os quais, oitenta civis, 24 crianças e oito mulheres, além de dois palestinos mortos por colonos israelenses; quinze ativistas foram assassinados”, declarou o documento.

Ao menos 1.277 palestinos foram feridos neste mesmo período, incluindo 195 crianças, 39 mulheres e 22 jornalistas. Três palestinos, incluindo uma mulher, faleceram nas cadeias de Israel, confirmou a organização de monitoramento de direitos humanos.

O exército israelense deslocou ainda 108 famílias – equivalente a 648 pessoas; dentre as quais, ao menos 300 crianças e 123 mulheres. Um total de 113 casas e 41 tendas de uso habitacional foram destruídas desde janeiro.

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Forças da ocupação desmantelaram 81 estruturas civis, aplainaram grandes porções de terra, suspenderam obras em propriedades árabes e submeteram dezenas de ordens de demolição, despejo e expulsão em favor de colonos ilegais.

Colonos extremistas executaram 176 ataques contra os palestinos nativos; dois faleceram.

Soldados israelenses realizaram 185 incursões armadas a Cisjordânia e Jerusalém, durante as quais invadiram e revistaram residências e repartições civis. Novos postos de controle militar foram instalados por toda a região.

Durante as invasões, ao menos 73 palestinos – incluindo oito menores – foram detidos.

“A ocupação [israelense] continua a impor seu cerco ilegal e desumano contra a Faixa de Gaza há mais de 15 anos, além de restrições à liberdade de movimento na Cisjordânia”, reafirmou a organização de direitos humanos.

O Centro Palestino para Direitos Humanos reforçou seus apelos ao Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, para agir rapidamente sobre a conjuntura palestina, assim como fez em relação à invasão e ocupação russa da Ucrânia.

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