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Demolições israelenses impõem risco a 6.400 alunos palestinos, alerta ONU

Sala de aula no colégio Ras al-Tenneen, em Ramallah, Cisjordânia ocupada, 8 de outubro de 2020; a instituição foi acusada por Israel de ser construída sem alvará [Abbas Monani/AFP via Getty Images]

O escritório das Nações Unidas na Palestina informou nesta terça-feira (30) que ao menos 1.3 milhão de crianças nos territórios palestinos são afetadas pelas ações da ocupação israelense, ao passo que retornam às escolas para o início do ano letivo.

“Mais de 1.3 milhão de crianças palestinas da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza retornarão à escola”, destacou o comunicado à imprensa. “No entanto, as crianças palestinas sofrem dificuldades que muitas crianças no mundo não podem sequer imaginar”.

“Desde janeiro, vinte crianças foram mortas na Cisjordânia, comparado a 12 crianças no mesmo período do último ano”, advertiu a ONU. “Atualmente, há 56 ordens de demolição excepcionais contra escolas que prestam serviços a 6.400 crianças na Cisjordânia e Jerusalém”.

As Nações Unidas reportaram 115 violações contra escolas e seus alunos na Cisjordânia, no primeiro semestre de 2022. “Quase oito mil alunos foram afetados, aumentando o risco de abandono escolar”.

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Na Faixa de Gaza sitiada, dezessete crianças foram mortas pelos recentes bombardeios de Israel, no primeiro fim de semana de agosto.

“Escolas estão superlotadas e 65% das instituições operam em turno integral”, alertou a nota. “As condições dos menores em Gaza, incluindo aqueles que vivenciaram quatro escaladas em sua curta vida, demandam aumento nos serviços psicossociais especializados”.

A despeito dos desafios enfrentados, afirmou o comunicado, a taxa de alfabetização entre os jovens palestinos continua acima de 99% e 93.8% das crianças que concluem o ensino básico continuam seus estudos.

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