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Palestinos reafirmam apelo em defesa da Mesquita de Al-Aqsa

22 de agosto de 2022, às 10h48

Colonos israelenses invadem o complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, 5 de maio de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

No 53º aniversário do ataque incendiário contra a Mesquita de Al-Aqsa, grupos da resistência palestina reafirmaram seu apelo, neste domingo (21), em defesa do santuário islâmico contra as violações israelenses.

“Nações árabes e islâmicas devem cumprir sua responsabilidade histórica em proteger Al-Aqsa contra esquemas para judaizá-la”, alertou o movimento Hamas. “Jerusalém e Al-Aqsa estão no coração do conflito e são a bússola para unir nosso povo e nossa nação”.

“A ocupação não tem qualquer soberania ou legitimidade sobre qualquer parte de Al-Aqsa ou Jerusalém”, acrescentou o Hamas.

De sua parte, o movimento de Jihad Islâmica conclamou os palestinos a preservarem sua defesa de Al-Aqsa “por todos os meios” e observou que a “resistência em todas as suas formas é chave para defender Jerusalém, que permanece árabe e islâmica”.

Em 21 de agosto de 1969, Denis Michael Rohan – cristão extremista australiano – ateou fogo em Al-Aqsa. O incêndio destruiu várias partes do santuário histórico, incluindo um púlpito de madeira e marfim de mil anos de idade, datado do tempo de Salahuddin.

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As chamas destruíram também o mirabe – nicho que aponta a direção de Meca – instalado sob ordens do califa Omar bin al-Khattab, no século VII, além de ornamentos no interior do templo e partes de seu domo dourado.

Dois dias depois do ataque, Rohan foi preso pelas autoridades israelenses, que alegaram insanidade em sua defesa. Eventualmente, Rohan foi deportado à Austrália.

A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro lugar mais sagrado do Islã.