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Arábia Saudita quer sediar as Olimpíadas, nega acusações de sportswashing

Príncipe Abdulaziz bin Turki al-Faisal – Ministro do Esporte da Arábia Saudita –, em Jeddah, 19 de agosto de 2022 [Rania Sanjar/AFP/Getty Images]

O Ministro dos Esportes da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Turki al-Faisal, confirmou que a monarquia deseja sediar as Olimpíadas, mas negou denúncias de que o governo utiliza eventos esportivos para encobrir seus abusos de direitos humanos – prática conhecida como “sportswashing”.

“Nosso foco no momento são os Jogos Asiáticos de 2034”, declarou al-Faisal em entrevista à rede AFP, conduzida na cidade de Jeddah, na costa do Mar Vermelho, às vésperas da luta de boxe na qual o ucraniano Oleksandr Usyk venceu o britânico Anthony Joshua.

Al-Faisal é também presidente do Comitê Olímpico da Arábia Saudita.

Em 2034, Riad será a cidade-sede dos Jogos Asiáticos – evento multiesportivo de larga escala que al-Faisal considera como vitrine para tentar receber os Jogos Olímpicos de Verão.

“Estamos abertos a debater a questão com o COI [Comitê Olímpico Internacional”, reafirmou al-Faisal. “penso que a Arábia Saudita demonstrou que pode sediar tais eventos. Certamente, as Olimpíadas seriam um objetivo final para nosso país”.

A luta entre Joshua e Usyk, no domingo (21), sucedeu em um dia um apelo do escritório de direitos humanos das Nações Unidas para libertar imediata e incondicionalmente Salma al-Shehab, ativista e doutoranda condenada pelo reino a 34 anos de prisão por postagens no Twitter.

LEIA: Arábia Saudita gastou ao menos US$1.5 bi em ‘sportswashing’

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