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Hamas diz que os EUA pressionam apoiadores da resistência palestina

Dirigente do Bureau Político do Hamas, Musa Abu Marzouq em Gaza, 7 de junho de 2015 [Abed Rahim Khatib/ApaImages]

Mousa Abu Marzouk, vice-chefe do escritório político do Movimento de Resistência Islâmica Hamas  no exterior e responsável pela área de relações internacionais confirmou que seu movimento não veta qualquer contato ou relação com entidades políticas que não sejam a ocupação israelense. Isso ocorre em um momento em que há notícias de contato “não anunciado” entre o atual governo dos EUA liderado por Joe Biden e o Hamas.

Abu Marzouk disse que  “muitos contatos foram feitos com figuras americanas próximas aos tomadores de decisão ou com cargos oficiais após receber permissão de autoridades oficiais antes de se reunir com o movimento.”

Em declaração exclusiva ao Arabi21, ele destacou que a liderança do Hamas havia recebido “vários pedidos americanos para realizar reuniões oficiais com o movimento, sendo a última de Jared Kushner, por meio de mais de um mediador. Recusamos a reunião porque não queríamos quebrar a posição palestina unificada que rejeitava o governo americano na época, e porque sabemos que ele está trabalhando em um projeto para liquidar a causa palestina, pois eles estão buscando estabelecer um estado palestino na Faixa de Gaza.”

Abu Marzouk enfatizou que “os EUA são parceiros nos crimes cometidos contra o povo palestino e são aliados estratégicos do inimigo, fornecendo-lhe armas, dinheiro, cobertura política e todos os meios de vida. é a única democracia na região.”

Ele acrescentou que os EUA “foram aqueles que mataram a democracia palestina [e] lutaram contra os resultados das eleições gerais que o Hamas venceu em 2006”. Abu Marzouk observou que “o Hamas está sob constante perseguição pelos EUA”.

“Os EUA estão pressionando todos que entendem a posição do movimento, ou apóiam o projeto de resistência, seja com armas ou mesmo apenas com declarações da mídia, e isso sem dúvida representa um grande desafio para nós”, disse.

Apesar disso, afirmou que , “a política do movimento é de abertura a todos, e trabalhamos de acordo com o que é possível no trabalho político, e não vetamos nenhum contato ou relação com entidades políticas que não sejam a ocupação”.

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