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Corte israelense rejeita recurso para libertar prisioneiro em greve de fome

Prisioneiro palestino Khalil Awawdeh [@HudaFadil9/Twitter]

Uma corte da ocupação israelense indeferiu nesta segunda-feira (15) um recurso para libertar o prisioneiro palestino Khalil Awawdeh, em greve de fome há 157 dias, reportou seu advogado. O protesto contesta sua “detenção administrativa” – isto é, sem julgamento ou acusação.

Qadri Abu-Baker, presidente da Comissão de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros, responsabilizou as autoridades israelenses pelas condições de saúde de Awawdeh.

Lina Qasem-Hassan, membro da associação Médicos por Direitos Humanos – Israel, visitou Awawdeh na última quinta-feira (11), no centro de saúde de Assaf Harofeh – para onde foi transferido após suas condições de saúde se deteriorarem.

Segundo a dr. Qasem-Hassan, o prisioneiro está pesando 42 quilogramas; contudo, permaneceu algemado à cama e cercado por carcereiros durante toda a visita.

“Awawdeh sofre de graves sintomas neurológicos e debilitação cognitiva, possivelmente irreversível”, declarou a associação em comunicado. “Sua vida está em imediato perigo”.

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Awawdeh não conseguiu reconhecer sua esposa Dalal durante uma visita realizada há alguns dias. Além disso, precisa de cadeira de rodas e ajuda para se locomover.

Awawdeh retomou sua greve de fome de 111 dias em 2 de julho, após suspendê-la por uma semana. As autoridades da ocupação prometeram libertá-lo, mas voltaram atrás e emitiram uma nova ordem de detenção administrativa, válida para quatro meses adicionais.

Pai de quatro filhos, Awawdeh foi preso em 27 de dezembro de 2021 e permanece sob detenção administrativa desde então.

Segundo o jornal Times of Israel, o estado israelense mantém atualmente 4.400 palestinos em suas cadeias. Cerca de 670 palestinos continuam encarcerados indefinidamente sob detenção administrativa.

“O uso da detenção administrativa por Israel viola flagrantemente a lei internacional”, advertiu a ong israelense B’Tselem. “Israel conduz tais ordens de maneira altamente sigilosa, de modo a negar aos prisioneiros qualquer possibilidade de defesa adequada”.

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