Portuguese / English

Middle East Near You

Empresa turca nega roubo de farinha ucraniana aportada no Líbano

Sacos de farinha em um depósito de Beirute, Líbano, 29 de março de 2022 [Hasan Shaaban/Bloomberg via Getty Images]

Uma fonte anônima de uma empresa de exportação de grãos radicada na Turquia – Loyal Agro Co. Ltd – negou nesta sexta-feira (29) rumores de que uma carga de farinha e cevada ancorada no Líbano tem origem espúria da Ucrânia assolada pela guerra.

Segundo a fonte, trata-se de produtos da Rússia.

A empresa supostamente tentou importar cinco mil toneladas de farinha ao Líbano para vender a compradores privados – isto é, sem qualquer relação com o governo libanês. Autoridades em Beirute não comentaram o caso até então.

Na quinta-feira (28), a embaixada ucraniana no Líbano afirmou à Reuters que um navio sírio sob sanções de Washington aportou em Trípoli, no norte do país levantino, com cinco mil toneladas de cevada e outras cinco mil toneladas de farinha a bordo. A embaixada reafirmou suspeitas de que os produtos fossem originários da Ucrânia.

LEIA: Exportações de grãos da Ucrânia podem começar dentro de uma semana, diz Turquia

A missão russa em Beirute alegou desconhecimento sob a embarcação síria ou “a carga levada ao Líbano por uma empresa privada”. Previamente, Moscou negou acusações de expropriação de grãos e outros produtos ucranianos.

Segundo a fonte, os grãos permanecem a bordo, dado que as autoridades aduaneiras do Líbano não deferiram ainda uma licença de importação, devido a acusações e averiguações frequentes desde a invasão do Kremlin ao país vizinho, em fevereiro deste ano.

O oficial, no entanto, insistiu que sua empresa entregou a Beirute toda a documentação necessária para comprovar a legitimidade e origem da carga. Os documentos não foram repassados à Reuters.

Ainda ontem, um agente portuário confirmou a jornalistas que a carga permanece a bordo sob suspeitas de expropriação de bens. Seus superiores, entretanto, mantiveram silêncio até então.

Categorias
Europa & RússiaLíbanoNotíciaOriente MédioTurquiaUcrânia
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments