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Israel retoma expansão colonial após hiato pela visita de Biden

27 de julho de 2022, às 11h59

Uma vista aérea de um assentamento como comunidades de Masafer Yatta que vivem em cavernas e edifícios improvisados ​​determinados a permanecer em suas terras, apesar da decisão do tribunal israelense permitir o despejo forçado, ao sul de Hebron, na Cisjordânia, em 7 de maio de 2022 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]

O Comitê de Planejamento para Jerusalém do Ministério do Interior de Israel retomou nesta segunda-feira (25) planos para construir mais de 700 unidades coloniais em terras ocupadas, suspensos desde a visita do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden à região.

O departamento também aceitou um plano para instalar 1.446 unidades coloniais entre os assentamentos exclusivamente judaicos de Har Homa e Givat Hamatos.

Segundo a ong israelense Peace Now, metade do projeto – conhecido como Baixo Aqueduto – situa-se abaixo da chamada Linha Verde, fronteira nominal entre Israel e o território palestino, em uma parte estratégica de Jerusalém próxima à divisa com Belém.

Os novos assentamentos apartarão Belém dos bairros palestinos de Jerusalém Oriental.

Segundo o jornal The Jerusalem Post, o ministério também debateu um plano intitulado Givat Shaked, que compreende cerca de 700 novas unidades coloniais no território palestino, perto dos bairros árabes de Shuafat e Beit Safafa.

Todos os planos foram suspensos devido à visita de Biden, cuja gestão alega receios de prejuízo à “solução de dois estados”.

Sobre os novos projetos, o ministério requereu mais informações antes de deferí-los.

Todos os assentamentos nos territórios palestinos ocupados são ilegais sob a lei internacional.

LEIA: Israel transfere propriedades palestinas em Jerusalém a colonos ilegais