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Israel construiu 22 mil unidades coloniais em 2021, confirma União Europeia

Obras em um assentamento ilegal israelense na Cisjordânia ocupada [Mahfouz Abu Turk/Apaimages]

Autoridades israelenses construíram um total de 22.030 unidades coloniais em 2021, confirmou nesta quinta-feira (21) a União Europeia, ao reiterar que todos os assentamentos nos territórios palestinos ocupados são ilegais sob a lei internacional.

“Ao menos 14.894 unidades coloniais foram erguidas em Jerusalém Oriental e 7.136 foram erguidas na Cisjordânia, incluindo localidades no âmago do território ocupado”, declarou o bloco europeu em documento intitulado “2021: Relatório sobre assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental”.

“Comparado ao ano anterior, o período de 2021 registrou uma taxa ainda maior de avanços coloniais na Cisjordânia e Jerusalém Oriental (22.030), ao reforçar tendência de aumento na expansão dos assentamentos nos territórios ocupados”, prosseguiu o relatório.

“Para além dos indicadores exponenciais de 2021, há o avanço particular das unidades coloniais em Jerusalém Oriental, que mais do que dobrou em relação ao ano anterior, de 6.288 unidades residenciais a 14.894 novas instalações”, acrescentou.

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“Essa tendência de entrincheiramento do projeto colonial por meio de planos e concessões ocorreu a despeito da mudança de governo em Israel, a partir de 13 de junho de 2021, cuja nova coalizão havia prometido manter o status quo sobre questões referentes à ocupação”.

Segundo o relatório, o avanço concentrou-se em três grandes assentamentos: E1, Atarot e Baixo Aqueduto. “Caso prossigam, os planos resultarão em mais de 14 mil novas unidades coloniais dentro e ao redor de Jerusalém ocupada”, advertiu a União Europeia.

Os assentamentos de E1 e Baixo Aqueduto são situados na chamada Área C da Cisjordânia ocupada, que recai sobre o controle absoluto – civil e militar – das autoridades de Tel Aviv, conforme as diretrizes dos Acordos de Oslo.

O relatório detalhou que o projeto em Atarot abarca nove mil unidades ilegais, além de 1.465 em Baixo Aqueduto.

A União Europeia destacou também que a expansão dos assentamentos “apartará os palestinos de Jerusalém Oriental das principais zonas urbanas da Cisjordânia, incluindo Ramallah e Hebron (Al-Khalil) … com graves implicações à contiguidade urbana dos palestinos, como ameaça a uma solução viável de dois estados”.

O bloco fez um novo apelo às autoridades israelenses para “suspender todas as atividades coloniais e desmantelar postos avançados erguidos desde março de 2001”.

“Permanece como posição resoluta da Europa que os assentamentos são ilegais sob a lei internacional”, concluiu o relatório.

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