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Adalah exige decisão da Europa sobre ongs palestinas banidas por Israel

Protesto contra a ofensiva israelense em Gaza na cidade de Glasgow, na Escócia, em 16 de maio de 2021 [Jeff J. Mitchell/Getty Images]

O grupo de direitos humanos Adalah reivindicou nesta quinta-feira (21) uma posição formal e unânime da Comissão Europeia sobre a decisão da ocupação israelense de designar seis ongs palestinas como “organizações terroristas”.

A súplica procede promessas de ministros de política externa da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Irlanda, Itália e Suécia de manter seu apoio aos grupos da sociedade civil, após uma análise conduzida pelo Escritório Antifraude da União Europeia (OLAF).

O exame preliminar não encontrou “qualquer suspeita de irregularidades” ou “indícios suficientes para abrir uma investigação”.

Em comunicado, a Adalah reiterou que, por meio das acusações caluniosas, Tel Aviv busca cortar doações a entes humanitários que operam nos territórios ocupados, com intuito de apartar o trabalho da sociedade civil da luta por libertação nacional.

LEIA: Países europeus se recusam a interromper parceria com ongs palestinas

A Adalah também destacou a importância de responder à narrativa colonial sionista, que culmina em campanhas difamatórias contra indivíduos e grupos solidários aos palestinos.

Apesar de acolher a decisão de retomar apoio às entidades alvejadas, a Adalah reforçou a importância de que a Comissão Europeia manifeste seu repúdio à arbitrariedade de Israel, assim como às restrições impostas pela ocupação contra a sociedade civil.

Nesta quinta-feira (21), a Noruega tornou-se o décimo país da Europa a anunciar a continuidade de seu apoio às organizações criminalizadas por Tel Aviv.

“A informação que recebemos de Israel não é suficiente para justificar a designação das seis associações em questão como ‘entes terroristas’ … a Noruega manterá sua cooperação com elementos da sociedade civil nos territórios palestinos ocupados”, afirmou a chancelaria em Oslo ao jornal Haaretz.

Em outubro de 2021, o regime israelense designou seis organizações palestinas como “entes terroristas”, com intuito de criminalizar qualquer colaboração operacional ou financeira com tais entidades. Com efeito, escritórios foram fechados e as doações desabaram.

LEIA: Caso israelense para criminalizar ongs palestinas é fraco, alertam diplomatas europeus

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