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França firma acordo de energia com Emirados para substituir Moscou

Mohammed Bin Zayed al-Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi e governante dos Emirados Árabes Unidos [En.kremlin.ru]

Na segunda-feira (18), a França assinou um acordo de cooperação estratégica com os Emirados Árabes Unidos (EAU) a fim de substituir suas importações energéticas provenientes de Moscou, reportou a agência de notícias Anadolu.

Paris firmou o acordo durante a primeira visita oficial de Mohamed bin Zayed al-Nahyan como presidente dos Emirados. O príncipe herdeiro de Abu Dhabi chegou à Europa no domingo (17).

O pacto prevê investimento de ambos os países em hidrogênio, energia nuclear e recursos renováveis, declarou o Ministério da Economia da França.

“Na tendência vigente de incerteza energética, este tratado deve criar um quadro estável de longo prazo para cooperação, ao abrir caminho para novos empreendimentos da indústria e para identificar projetos futuros”, prosseguiu o comunicado.

O acordo possui dupla importância a Paris, reiterou o ministro da pasta, Bruno le Maire, dado que possibilita “abordar os desafios de segurança energética a curto prazo e preparar terreno para um futuro de baixo carbono”.

A visita de al-Nahyan deve resultar ainda na assinatura de contratos entre a Total Energies, gigante francesa do setor, e a Companhia Nacional de Petróleo de Abu Dhabi. Os contratos devem tratar de abastecimento e projetos de transição energética.

A Ministra da Energia da França Agnes Pannier-Runacher exaltou a parceria como “passo importante” para assegurar a oferta nacional. No congresso, Pannier-Runacher observou previamente que o país europeu teria de “preparar-se para o pior cenário”.

Pannier-Runacher anunciou, porém, um projeto para estabelecer uma plataforma temporária de gás natural liquefeito (GNL) no porto de Le Havre, com intuito de aumentar sua capacidade de importação.

A França importa cerca de 17% de seu gás natural da Rússia – sob sanções ocidentais devido à invasão na Ucrânia. Paris busca substituir os insumos russos ao adotar novas fontes através da Noruega. Em junho, a operadora nacional de abastecimento, GRTgaz, confirmou que Paris não recebe mais insumos via gasodutos russos.

Em março, pouco após a deflagração da guerra no Leste Europeu, a França recorreu a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar para diversificar suas fontes.

LEIA: Ativista diz que lobby sionista está por trás da dissolução de ONGs pró-Palestina na França

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