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Ativista diz que lobby sionista está por trás da dissolução de ONGs pró-Palestina na França

O ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, em Túnis, Tunísia, em 6 de novembro de 2020 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

O ativista franco-palestino Hussam Kamal disse que a dissolução de ONGs pró-Palestina na França provavelmente está relacionada ao lobby sionista, informou a Quds Press na sexta-feira (11).

O ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, anunciou na quarta-feira que a Palestina Vaincra e o Comitê Ação Palestina “incitam a violência e provocam ataques terroristas” e serão dissolvidos “de acordo com o presidente da república”.

Falando à Quds Press, Kamal disse que o governo francês produziu uma acusação que contém mais de 30 incriminações contra as ONGs, incluindo: “antissemitismo, apoio a grupos ‘terroristas’, disseminação de ódio e provocação de ataques terroristas”.

Kamal não descartou que Paris tenha realizado essa medida para conquistar os votos dos sionistas nas próximas eleições presidenciais.

Ele alertou que tal medida “irá minar diretamente a liberdade de expressão para todos os apoiadores da causa palestina e pode pressioná-los a reduzir seu apoio para evitar a mesma medida”.

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O ativista disse que os sionistas se moveram contra essas duas ONGs depois de mobilizar apoio ao Sheikh Jarrah no ano passado.

Kamal indicou que a ausência de representação diplomática para palestinos na França e a ausência de ação conjunta estão afetando negativamente o trabalho para a causa palestina.

Entretanto, partilhou que a decisão de proibir as ONGs é passível de recurso, salientando que foi contratado um famoso escritório de advocacia para tomar as medidas legais necessárias ao recurso.

Kamal acrescentou que tais medidas podem levar meses ou anos para que as ONGs permaneçam suprimidas até que um resultado positivo seja alcançado.

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