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Sudão não terá governo eleito via protestos, ameaça comandante do exército

Abdel Fattah al-Burhan, comandante máximo do exército sudanês, na capital Cartum, em 21 de novembro de 2021 [Presidência do Sudão/Agência Anadolu]

O Sudão não obterá um governo nacional eleito via protestos e “sabotagem”, ameaçou nesta quarta-feira (29) Abdel Fattah al-Burhan, comandante-chefe do exército sudanês, que tomou poderes executivos após o golpe militar de outubro de 2021.

Dias atrás, a chancelaria de seu regime convocou Volker Peretz, representante da Organização das Nações Unidas (ONU) no estado sudanês, após comentários sobre os protestos populares que reivindicam a instauração de um governo civil.

“Estamos ansiosos para o dia e quem teremos um governo nacional eleito para gerir o país”, alegou al-Burhan. “As Forças Armadas, no entanto, não sacrificarão seu dever em garantir e sustentar a segurança e estabilidade do Sudão”.

O general sudanês afirmou que não há objeção por excelência ao exercício da livre expressão através de atos pacíficos, desde que preservem a ordem pública e privada. Contudo, reiterou: “O único caminho é via consenso nacional ou eleições, não sabotagem e protestos”.

O Sudão vivencia manifestações de massa desde que 25 de outubro de 2021, quando al-Burhan dissolveu o Conselho Soberano e o parlamento e depôs o governo civil, sob pretexto de “estado de emergência”. A medida é denunciada como golpe de estado.

Al-Burhan nega as acusações e repudia críticas a sua ascensão ao poder. Ao atribuir ao exército um papel moderador sobre a política sudanesa, o general insiste que as medidas adotadas têm como missão “corrigir o curso do estágio transicional”.

LEIA: Oposição civil no Sudão inicia diálogo ‘oficioso’ com as Forças Armadas

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