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Israel nega soltura antecipada de Ahmad Manasra

Prisioneiro palestino Ahmed Manasra durante audiencia em Be'er Sheva, no território considerado Israel, em 13 de abril de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

A comissão de indultos da penitenciária israelense de Ramla indeferiu ontem (28) um apelo para libertar o prisioneiro palestino Ahmad Manasra, cujas condições de saúde apresentam sinais de grave deterioração.

Khaled Zabarqa, advogado de Manasra, confirmou que a comissão de indultos se recusou sequer debater o recurso para soltura antecipada do jovem prisioneiro. O pedido foi feito devido a problemas de saúde física e mental diagnosticados em Manasra.

Segundo Zabarqa, a comissão insistiu em classificar o caso como “terrorismo”.

Ahmad Manasra, jovem palestino preso há sete anos, desde os 13 anos de idade, sob tortura psicológica da ocupação [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Manasra está detido ilegalmente há sete anos, sob circunstâncias hediondas nas cadeias de Israel. Manasra foi capturado quando tinha apenas 13 anos de idade, após ser espancado e atropelado, em 2015 — ocasião na qual sofreu traumatismo craniano.

Seu primo foi baleado e morto.

Apesar dos ferimentos, foi interrogado sem a presença dos pais ou de um advogado.

Na ocasião da prisão, a lei israelense previa que menores de 14 anos não poderiam ser responsabilizados criminalmente.

Não obstante, o judiciário israelense condenou Manasra a 12 anos de prisão — mais tarde, reduzidos a nove anos de prisão — por suposta tentativa de homicídio contra dois colonos radicados ilegalmente em Jerusalém Oriental. Manasra, todavia, não participou do ataque.

Manasra foi diagnosticado com doenças psiquiátricas após meses de interrogatório, tortura e confinamento solitário nos centros de detenção de Israel.

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