Estudantes de Gaza participam de primeiro evento TED-Ed

Estudantes de Gaza participam de primeiro evento TED-Ed [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

Estudantes de Gaza participam de primeiro evento TED-Ed [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

Estudantes de Gaza participam de primeiro evento TED-Ed [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

Estudantes de Gaza participam de primeiro evento TED-Ed [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

Estudantes de Gaza participam de primeiro evento TED-Ed [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

Dez estudantes da Faixa de Gaza foram selecionados para participar do evento TED-Ed e comentar sobre os desafios enfrentados sob cerco e ocupação.

Na primeira edição do evento, os estudantes tiveram acesso à rede global de conferências TED; um dos estudantes poderá viajar aos Estados Unidos para falar de sua experiência.

Lianne Abu Shaaban recordou os horrores vivenciados por sua família durante a última ofensiva israelense de larga escala, em maio de 2021. Shaaban relatou os esforços de seus pais para lhe explicar a situação em meio à devastação das bombas.

“Não pude dormir por três semanas depois da guerra e meus pais não sabiam o que fazer”, afirmou Lianne. “Nesta plataforma, descobri uma oportunidade de falar sobre isso e obter respostas. Posso finalmente explicar para o mundo e fazer meu apelo: salvem-nos; salvem nossa infância”.

A fala de Rania al-Mashrawi girou em torno do conceito de liberdade. “Eu nasci e vivi em meio a cercos e guerras. Então me encontrei no escuro, sem água ou luz, com as travessias fechadas ao ponto de não conseguir sequer ver um filme”, detalhou al-Mashrawi.

“Quando olhei para o céu, vi apenas mísseis. Gaza é a maior prisão do mundo. Nada chega até aqui. Não posso viver com liberdade. Recentemente, tive a oportunidade de viajar ao Bahrein. Fiquei chocada: Havia arranha-céus e avenidas largas e enormes. A vida não é somente viajar, mas a interação e as trocas entre culturas e sociedades. Por que nos privam disso?”

“Recorro a esta plataforma para falar das trevas, mas tenho esperanças de que minha mensagem chegue a todo mundo”, concluiu al-Mashrawi.

LEIA: Engenheira: ‘Podemos levar a Palestina ao espaço e além’