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Detenção de Ahmed Manasra pode levar a sua morte, alerta família

Prisioneiro palestino Ahmed Manasra durante audiencia em Be'er Sheva, no território considerado Israel, em 13 de abril de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

A família do jovem prisioneiro palestino Ahmed Manasra voltou a reivindicar nesta quinta-feira (9) sua soltura urgente devido à grave deterioração de suas condições de saúde.

“A saúde física e psicológica de meu filho está péssima; é preciso libertá-lo imediatamente da prisão”, declarou sua mãe, Maysoun, durante coletiva de imprensa em Beit Hanina, na cidade de Jerusalém ocupada. Segundo o relato, Manasra continua em confinamento solitário.

Além disso, a ocupação ainda impede parentes de visitá-lo.

Segundo Maysoun, o isolamento de Manasra pode levar a sua morte.

Khaed Zabarka, advogado do prisioneiro palestino, explicou que a lei israelense proíbe o isolamento compulsório e instou as autoridades a “deferir uma visita urgente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para avaliar as condições de Manasra”.

Manasra permanece detido ilegalmente há sete anos, sob condições hediondas impostas pela ocupação. Encarcerado desde os 13 anos de idade e interrogado sem a presença de familiares ou advogados, Manasra sofre hoje de graves doenças mentais.

LEIA: ‘Sonho com o momento de abraçá-lo’, diz mãe de Ahmed al-Manasra

Manasra foi condenado a 12 anos de prisão – mais tarde, reduzidos a nove anos de sentença –, acusado de tentativa de homicídio contra dois colonos de 20 e 12 anos de idade, radicados em um assentamento ilegal em Jerusalém Oriental.

Evidências, todavia, demonstraram que Manasra não participou do suposto atentado, em 2015. Seu primo foi baleado e morto por soldados da ocupação; Manasra foi atropelado e espancado por colonos e sofreu traumatismo craniano.

Na ocasião de sua prisão, a legislação israelense determinava que menores de 14 anos não poderiam ser responsabilizados em âmbito penal.

Em maio, o Serviço Penitenciário de Israel (SPI) registrou um pedido na Corte Distrital de Beersheba para estender o confinamento solitário contra o prisioneiro palestino.

Ahmad Manasra, jovem palestino preso há sete anos, desde os 13 anos de idade, sob tortura psicológica da ocupação [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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