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Espanha questiona empresário israelense sobre escândalo de espionagem

Logotipo do Grupo NSO, responsável por desenvolver o spyware Pegasus, em Netanya, no território considerado Israel, em 9 de fevereiro de 2022 [Jack Guez/AFP via Getty Images]

A Suprema Corte da Espanha convocou Shalev Hulio, diretor executivo do Grupo NSO, empresa israelense responsável por desenvolver o spyware Pegasus, para prestar esclarecimentos sobre a invasão de celulares de agentes públicos do estado europeu.

Segundo comunicado, o juiz José Luis Calama viajará a Israel para questionar Hulio, como parte da investigação sobre o escândalo de espionagem internacional. O tribunal não confirmou data para a audiência, até então.

No entanto, Isabel Rodríguez, porta-voz do governo em Madri, confirmou que Félix Bolaños, ministro responsável por assuntos da presidência, foi convocado como testemunha do caso, dado seu papel em judicializar a matéria.

As denúncias de espionagem contra políticos espanhóis levaram à exoneração de Paz Esteban, diretora do Centro Nacional de Inteligência (CNI). Celulares do premiê Pedro Sánchez, de seus Ministros da Defesa e do Interior e de políticos catalães pró-independência foram hackeados.

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O Grupo NSO respondeu ao afirmar que sua “tecnologia tem como propósito ajudar agências públicas a impedir e investigar crimes, incluindo terrorismo, para salvar milhares de vidas em todo o planeta”. A empresa nega qualquer delito de sua parte.

Não obstante, pesquisas independentes confirmaram o uso do aplicativo Pegasus para hackear e espionar aparelhos de ativistas, jornalistas, diplomatas e líderes políticos no exterior.

Spyware israelense Pegasus é utilizado para silenciar críticos? [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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