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Israel deu início a partilha de Al-Aqsa, alerta parlamentar palestino

Soldados israelenses montam guarda no complexo de Al-Aqsa, durante incursão de colonos ilegias, em Jerusalém ocupada, 5 de maio de 2022 [Ahmad Gharabli/AFP via Getty Images]

As autoridades da ocupação israelense deram início à partilha da Mesquita de Al-Aqsa, na cidade ocupada de Jerusalém, advertiu Ahmed Abu Halabiyeh, presidente do Comitê para Jerusalém do Parlamento da Palestina.

As informações são da rede de notícias Quds Press.

Abu Halabiyeh insistiu que autoridades da ocupação planejam assumir controle absoluto sobre Al-Aqsa e tornar Jerusalém uma cidade exclusivamente judaica.

“A ocupação deu início a sua partilha espacial da Mesquita de Al-Aqsa”, afirmou o parlamentar, ao alegar que a “partilha temporal foi concluída em 2008”.

Mais de 150 palestinos feridos quando a polícia israelense invade Al-Aqsa – Cartoon [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Abu Halabiyeh destacou que a ocupação tem como alvo a área leste de Al-Aqsa, com intuito de construir sinagogas no santuário islâmico. Conforme a denúncia, soldados israelenses mantêm controle sobre o acesso a partir do Portão de al-Mughrabi.

“Os judeus consideram a porção oriental, incluindo o local de orações de al-Rahma e o Domo da Rocha, como sua qibla [direção das preces]”, acrescentou o parlamentar, ao afirmar que o domínio sobre o perímetro pode ser um prelúdio do “controle integral das áreas da mesquita para construir seu suposto templo”.

Segundo Abu Halabiyeh, impedir muçulmanos de acessar o Muro de al-Buraq (Muro das Lamentações), situado na parte ocidental do complexo, tem como objetivo robustecer a supremacia judaica imposta a Al-Aqsa.

O parlamentar descreveu os esforços israelenses como “perigosos” e instou árabes e muçulmanos a protegerem o terceiro lugar mais sagrado para o Islã.

Neste mesmo contexto, a Autoridade Palestina (AP) advertiu que a ocupação israelense busca alvejar a Cidade Velha de Jerusalém, ao deflagrar ações para expulsar os residentes palestinos da área. Ramallah repudiou esforços para revogar a tutela jordaniana dos lugares sagrados de Jerusalém, ao insistir que facilitariam o controle colonial sobre a cidade.

LEIA: A maldição da oitava década e o fim de Israel

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