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Catar e Kuwait convocam enviados da Índia por comentários islamofóbicos em Nova Delhi

Porta-vozes do Partido Bharatiya Janata da Índia, Nupur Sharma e Naveen Kumar Jindal fizeram comentários contra o profeta do Islã em maio de 2022

Neste domingo (5), o Catar e o Kuwait convocaram seus embaixadores indianos para repudiar oficialmente comentários ofensivos de oficiais de alto escalão do partido governista Bharatiya Janata (BJP), deferidos contra o Profeta Muhammad e cidadãos muçulmanos.

A chancelaria catariana reportou em nota a convocação do diplomata indiano Deepak Mittal para entregá-lo uma “carta de protesto”.

Doha acolheu a decisão do partido indiano de suspender Nupur Sharma e Naveen Kumar Jindan — porta-voz do BJP e chefe de mídia em Nova Delhi, respectivamente. Todavia, afirmou esperar um pedido público de desculpas assim como repúdio de tais comentários pelo governo federal.

“Comentários pejorativos que incitam o ódio representam uma ofensa contra os muçulmanos de todo o mundo e indicam total ignorância sobre o papel central do Islã no desenvolvimento das civilizações, incluindo na Índia”, reiterou o ministério.

“Permitir que prossigam com impunidade tais discursos islamofóbicos impõe um grave risco aos direitos humanos e pode levar a mais preconceito e marginalização, culminando em um ciclo de violência e ódio”, acrescentou.

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Doha reafirmou ainda seu compromisso com os valores de tolerância e a coexistência — “caracterizado por nossas amizades em todo o mundo e por um trabalho incansável para consolidar a paz e segurança internacional”.

Neste mesmo contexto, o Ministério de Relações Exteriores do Kuwait convocou o embaixador indiano Sibi George para entregá-lo uma nota de repúdio, expressando a “categórica rejeição e condenação” dos comentários proferidos por oficiais governistas contra o Profeta.

Segundo relatos, Arábia Saudita, Omã, Kuwait e Bahrein também deram início a um boicote a produtos indianos, ao removê-los das prateleiras de seus supermercados.

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