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Egito condena ex-presidenciável a 15 anos de prisão

Ex-candidato à presidência egípcia e ex-membro da Irmandade Muçulmana, Abdel Moneim Abul Fotouh (à direita), durante seu julgamento no tribunal de Tora, na cidade do Cairo, em 24 de novembro de 2021 [Khaled Kamel/AFP via Getty Images]

Uma corte penal do Egito condenou ontem (29) Abdel Moneim Aboul Fotouh, ex-candidato à presidência, e Mahmoud Izzat, vice-líder da Irmandade Muçulmana, a quinze anos em regime fechado, reportaram fontes do judiciário.

Ambos foram acusados de “difundir notícias falsas” e “incitar ataques contra as instituições”.

Aboul Fotouh, de 70 anos, pode recorrer à sentença. Sua família e grupos de direitos humanos advertem que o prisioneiro sofre de diversas doenças.

Ezzat já serve diversas penas perpétuas sob outras acusações e sofre de problemas cardíacos, agravados por sua situação precária em custódia.

Mohamed al-Qassas, vice-líder do partido Egito Forte — ao qual Aboul Fotouh é filiado — também foi condenado a dez anos de prisão.

LEIA: Anistia está ‘indignada’ após tribunal egípcio conceder longas penas de prisão a 25 opositores

Organizações de direitos humanos demandam há anos que o governo militar de Abdel Fattah el-Sisi adote padrões de julgamento justo às centenas de prisioneiros em condições de abuso nas penitenciárias do país norte-africano.

A Anistia Internacional e o Human Rights Watch denunciam que o processo contra al-Qassas e Aboul Fotouh é parte de uma campanha repressiva do regime contra ativistas por democracia. Ambos foram detidos em fevereiro de 2018 após criticar o governo.

O Egito criminalizou a Irmandade Muçulmana após Sisi — então chefe do exército — comandar um golpe de estado para destituir o presidente eleito Mohamed Morsi, em 2013. Mais tarde, as cortes do Egito perseguiram e sentenciaram diversos membros do grupo, ao acusá-los de atacar as instituições do estado.

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