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Grécia apreende petroleiro de bandeira iraniana, prende tripulação

Petroleiro iraniano ancorado na Venezuela, em 25 de maio de 2020 [AFP via Getty Images]

A Organização de Portos e Mares do Irã confirmou nesta quarta-feira (25) que a Grécia apreendeu um navio de bandeira iraniana, deteve sua tripulação e confiscou sua carga.

A agência iraniana alegou que o estado grego agiu sob ordens da Casa Branca, em detrimento da lei internacional, ao descrever a apreensão como “ato de pirataria”. “Atenas deve liberar o navio imediatamente e cumprir suas obrigações internacionais”, acrescentou.

Em seguida, o Ministério de Relações Exteriores do Irã convocou o encarregado de negócios grego à capital, para protestar formalmente contra a medida.

Em comunicado, o Departamento de Estado em Washington confirmou ontem “a designação [como entidade criminosa] de uma rede internacional de contrabando de petróleo e lavagem de dinheiro, liderada por Benham Shahriyari e Rostam Ghasemi, oficial e ex-oficial das Forças al-Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã”.

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“Esta rede recebe apoio do alto escalão do governo russo e de empreendimentos públicos”, reiterou a declaração. “Trabalhamos duro para reagir à evasão de sanções e continuamos a aplicar com rigor as sanções sobre o comércio ilícito de petróleo iraniano. Qualquer um que adquira petróleo de Teerã enfrenta a possibilidade de sanções”.

Na terça-feira (24), um oficial sênior da aliança ocidental, em condição de anonimato, declarou à agência Politico que o presidente Joe Biden decidiu manter a Guarda Revolucionária do Irã na lista de entidades terroristas dos Estados Unidos.

Outra fonte observou que Biden informou o premiê israelense Naftali Bennett de sua decisão, durante telefonema realizado em 24 de abril. Conforme o relato, a decisão é “absolutamente definitiva” e a “janela de privilégios” da república islâmica enfim se fechou.

A revista Politico observou que a determinação de Biden prejudica esforços internacionais para restaurar o acordo nuclear iraniano, assinado em 2015 e revogado por Donald Trump três anos depois.

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