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Chanceler iraniano faz rara visita aos Emirados para prestar condolências

Hossein Amirabdollahian, então candidato à chancelaria iraniana, durante sessão do parlamento para avaliar o gabinete do presidente eleito Ebrahim Raisi, na capital Teerã, em 21 de agosto de 2021 [Atta Kenare/AFP via Getty Images]

O Ministro de Relações Exteriores do Irã Hossein Amirabdollahian viajou aos Emirados Árabes Unidos (EAU) nesta segunda-feira (16), para prestar condolências após a morte do presidente emiradense Khalifa bin Zayed al-Nahyan, reportou a imprensa local.

 Neste entremeio, Teerã acolheu a indicação do novo governante do estado do Golfo, o meio-irmão do falecido, Mohammed bin Zayed al-Nahyan, segundo a agência Reuters.

A viagem do ministro representa a visita de mais alto escalão de um representante iraniano ao país vizinho desde janeiro, quando o movimento iemenita houthi lançou um veemente ataque contra o território emiradense.

Embora as conversas indiretas entre Teerã e Washington para restaurar o acordo nuclear de 2015 estejam paralisadas desde março, a presença de Amirabdollahian a Abu Dhabi coincide com a visita de uma delegação americana liderada pela vice-presidente Kamala Harris.

LEIA: Presidente dos Emirados Khalifa bin Zayed morre aos 73 anos

Khalifa bin Zayed faleceu na sexta-feira (13) aos 73 anos, após anos afastado dos assuntos cotidianos do governo devido a problemas de saúde.

Em 2019, os Emirados passaram a dialogar com o Irã após ataques a petroleiros nas águas do Golfo, além de instalações de energia na Arábia Saudita.

Ali Bagheri Kani, vice-chanceler iraniano, visitou o país em novembro. Na ocasião, Kani afirmou que ambas as partes concordaram em inaugurar um novo capítulo nas relações bilaterais.

Mohammed bin Zayed al-Nahyan foi oficialmente nomeado presidente pelo Supremo Conselho Federal dos Emirados no último sábado (14). Previamente, o governante de facto do país desde 2014 liderou esforços de alinhamento na região para contrapor o eixo iraniano, ao desenvolver laços com Israel e combater uma suposta onda de islamismo político no Oriente Médio.

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