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Israel rejeita novos guardas Waqf desarmados na Mesquita de Al-Aqsa

Sheikh Najeh Bakirat, vice-diretor do Waqf Islâmico de Jerusalém [@PalEvePlus/Twitter]

A nomeação de novos guardas palestinos do Waqf na Mesquita de Al-Aqsa está sendo rejeitada pelas autoridades de ocupação de Israel em meio à crescente tensão no complexo durante o mês sagrado do Ramadã.

O Waqf islâmico, administrado pela Jordânia, precisa urgentemente de uma nova segurança para supervisionar o complexo e manter a segurança dos fiéis palestinos durante as orações.

De acordo com Israel Hayom, um oficial palestino foi informado de que Israel primeiro exige uma lista dos nomes dos guardas para passar por uma verificação de segurança. No entanto, o Waqf islâmico está se recusando.

A objeção de Israel aos novos guardas ocorre depois que a Jordânia notificou Washington de que estava pronta para discutir a questão com Israel após o final do mês sagrado do Ramadã na próxima semana, informou a Reuters.

LEIA: ‘Ocupação israelense proíbe ampliar segurança de Al-Aqsa’, alerta Waqf de Jerusalém

A Jordânia atua como guardiã do complexo sagrado em Jerusalém como parte de um acordo conjunto com Israel.

O objetivo seria identificar os passos que o estado de ocupação poderia tomar para devolver as condições na mesquita às de 22 anos atrás. A principal questão que o comitê conjunto deve discutir é o pedido da Jordânia para expandir o número de guardas desarmados do Waqf no complexo para controlar melhor a situação e prevenir a violência.

Imagens chocantes de soldados israelenses fortemente armados atacando fiéis dentro da Mesquita de Al-Aqsa apareceram nas redes sociais.

A Jordânia acusa Israel de ter mudado gradualmente as restrições ao culto na mesquita desde 2000. O Reino insiste que Israel está minando uma tradição secular sob a qual não muçulmanos não cultuam no complexo da mesquita. Fontes locais disseram que Amã disse a Washington que Israel deveria acabar com as restrições ao pessoal da administração islâmica do Waqf e deixá-lo gerenciar todas as visitas de não muçulmanos e impedi-los de adorar na mesquita.

Israel nega as acusações da Jordânia e dos estados árabes de que tentou mudar o status quo dos locais sagrados muçulmanos na Cidade Velha de Jerusalém, que ocupa desde a Guerra dos Seis Dias de 1967. Ele também diz que está impondo uma proibição de longa data à oração judaica no complexo.

No entanto, a Jordânia ressalta que Israel restringe o acesso de fiéis muçulmanos e não restringe nacionalistas israelenses de extrema direita cujos rituais violam o antigo status quo e, do ponto de vista islâmico, profanam o local sagrado.

LEIA: Israel quer revogar custódia jordaniana de Al-Aqsa, alerta sheikh de Jerusalém

Na sexta-feira passada, Israel proibiu visitas de não muçulmanos até o final do Ramadã. Esse foi um “bom passo para respeitar o status quo e aliviar as tensões e restaurar a calma”, disse o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, à Reuters.

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