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‘Ocupação israelense proíbe ampliar segurança de Al-Aqsa’, alerta Waqf de Jerusalém

Omar al-Kiswani, diretor da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, 27 de julho de 2017 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

A Diretoria do Waqf Islâmico de Jerusalém revelou na sexta-feira (7) que as autoridades da ocupação israelense rejeitaram e efetivamente impediram a implementação de um decreto para aumentar o contingente de guardas na Mesquita de Al-Aqsa.

Omar al-Kiswani, diretor responsável, explicou o caso: “A ocupação busca frequentemente deportar e prender os guardas de Al-Aqsa, sobretudo à luz das incursões quase diárias conduzidas por colonos ao local e suas tentativas de realizar rituais talmúdicos”.

Em declaração à rede Arabi21, destacou al-Kiswani: “As violações da ocupação israelense e seus colonos extremistas continuam a ocorrer contra Al-Aqsa. A ocupação tenta impor novas políticas contra a Mesquita de Al-Aqsa, a fim de criar uma nova realidade”.

Em meio à escalada recente na invasão de colonos ao santuário islâmico, observou al-Kiswani: “Há uma decisão para aumentar o número de guardas e funcionários, em coordenação com o Ministério de Awqaf e Recursos Islâmicos da Jordânia”.

Acrescentou: “Contudo, há intervenções para impedir que guardas sejam contratados ou recontratados, para além dos oficiais empregados em 2017. As autoridades da ocupação ameaçaram prender os novos seguranças caso compareçam a seu novo trabalho”.

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Al-Kiswani descreveu as práticas de Tel Aviv como “interferência flagrante” nos assuntos do Awqaf Islâmico, que detém tutela sobre Al-Aqsa. O problema foi então encaminhado ao ministério jordaniano, que prometeu debater a questão com a chancelaria em Amã.

“Nossa diretoria receia que os guardas de Al-Aqsa sejam presos ou assediados pela ocupação”, advertiu al-Kiswani. “Conduzimos nosso dever para com Al-Aqsa, a fim de preservar sua identidade árabe e islâmica, mesmo que o custo seja alto, isto é, prisão e deportação”.

Al-Kiswani também expressou pesar sobre o “fracasso da posição árabe e islâmica sobre o que acontece em Al-Aqsa, uma postura que lamentavelmente não apoia a luta contra tentativas de judaizar o santuário, para contrapor a política da ocupação, perpetrada por meio de armas”.

O Instituto Internacional por Al-Quds corroborou a denúncia: “Os ataques contra os guardas de Al-Aqsa e as equipes da  Diretoria do Waqf Islâmico de Jerusalém pretendem extinguir a presença do Awqaf Islâmico no local e impor a gestão israelense sobre Al-Aqsa”.

A entidade manifestou “surpresa” por relatos de que as ameaças de Israel aos trabalhadores de Al-Aqsa “passaram sem qualquer comentário ou posição oficial da Jordânia”.

“A incidência de tamanha agressão sem qualquer resposta seduz a ocupação a maiores ataques; perigoso indício de recuo da proteção formal sobre a Mesquita de Al-Aqsa, em um momento no qual sua identidade está exposta a uma ameaça existencial”, concluiu o instituto.

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